Equipe RioBotz/PUC-Rio se prepara para maior olimpíada de robótica do mundo

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Após conquistar uma medalha de prata no Ultimate Robot Combat (URC) da Campus Party 2015, em fevereiro, a equipe RioBotz/PUC-Rio, liderada pelo professor Marco Antônio Meggiolaro, do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), se prepara agora para a maior olimpíada de robótica do mundo, a RoboGames. De 3 a 5 de abril, em San Mateo, Califórnia, EUA, equipes de aproximadamente 30 países irão disputar medalhas em 56 categorias.

Em 2014, depois de dez edições, o organizador da RoboGames cancelou o torneio daquele ano, devido aos altos custos. Prontamente, a comunidade mundial de robótica se mobilizou e, através de "crowdfunding", conseguiu arrecadar cerca de US$ 40 mil dólares, garantindo a retomada da competição este ano. "Ter a RoboGames de volta é um estímulo a mais. As melhores equipes competem e manter a competitividade é fundamental na área de robótica", diz o professor Meggiolaro

Mais uma vez, os participantes foram convidados a se inscrever em modalidades que envolvem o combate direto entre robôs, desafios de velocidade e dança. A competição conta também com a participação de empresas de tecnologia dos Estados Unidos e Canadá que elevam o nível de dificuldade com seus próprios robôs.

Na última edição, em 2013, a RioBotz colocou o Brasil em segundo lugar no ranking geral ao ganhar nove medalhas na competição, mantendo a equipe entre as melhores do mundo, com um total de 36 medalhas já conquistadas desde 2006, nas oito edições em que participou. Para este ano, 18 robôs se apresentarão para a disputa, incluindo o Touro, da classe middleweight, que foi ouro em 2013.

Segundo Ivan Ekman, capitão da equipe, robôs desta categoria são mais agressivos e, portanto, causam mais danos em seus adversários. A família Touro será a representante RioBotz nas lutas de arena, com os robôs Touro Maximus, Touro, Touro Classic e Touro Light. Estarão presentes também outros seis robôs menores, chamados insetos (Mini Touro, Mini Maloney, Micro Touro, Micro Maloney, Pico Touro e Pocket), dois robôs de sumô e dois movidos a energia solar.

A equipe RioBotz inovou em 2013, ao desenvolver a programação de robôs humanoides, que imitam o movimento do corpo humano, e voltou com dois ouros da RoboGames: um para o robô Spider Volt, na categoria Sumô,  e outro para o Psy Volt, que, na categoria Free Style, encantou o público com sua coreografia mesclando samba, hip hop e k-pop (música pop sul-coreana).  A RioBotz promete repetir o feito este ano, com estes mesmos robôs e mais o Usain Volt e o C3D4.

Os ingressos estão disponíveis para compra no site oficial da Robogames (

Os integrantes da RioBotz têm a possibilidade de adquirir conhecimentos em áreas como mecânica, eletrônica, computação, publicidade, marketing, design e captação de recursos, além de utilizar na prática os conhecimentos obtidos em sala de aula. Embora seu foco seja a construção de robôs de combate, as tecnologias envolvidas podem ser aplicadas em diferentes setores como a indústria de energia, petróleo e médica.