Descoberta no México mostra que olmecas tiveram influência maior

Por

REUTERS

XOCHITEPEC (México) - Uma localidade de 2.500 anos descoberta entre um posto de gasolina e um conjunto habitacional perto da Cidade do México demonstrou que a civilização olmeca teve uma influência maior em sua terra do que se imaginava.

Os olmecas, que viveram perto da costa do Golfo do México entre 1.200 e 400 a.C., são considerados a cultura-mãe do México pré-hispânico, que inclui os maias e os astecas.

A sofisticação dos seis templos de estilo olmeca desenterrados próximo de Xochitepec, 110 quilômetros ao sul da capital mexicana, deleitou especialistas.

O complexo Zazacatla está em um terreno baldio e é o primeiro sítio no centro do México a mostrar uma arquitetura olmeca monumental e estátuas detalhadas.

- Temos esculturas conhecidas na zona central olmeca, mas nesta região não se conhecia. Então são muito importantes - disse a arqueóloga-chefe do sítio, Giselle Canto. O descobrimento foi anunciado na semana passada.

Nos Estados como Veracruz, Tabasco e Guerrero existem grandes ruínas olmecas, mas a presença de uma cidade com influência desta civilização no centro do país sugere que havia uma grande rota comercial entre as duas costas.

Os especialistas dizem que a cidade provavelmente não foi olmeca, mas adotou a cultura desse povo e seus deuses enquanto as elites locais em ascensão tentavam se diferenciar dos agricultores.

Os olmecas usaram jade e outras pedras de diferentes lugares do México para criar suas famosas esculturas. As ruínas, que consistem nas bases de seis templos cerimoniais e duas pequenas esculturas de homens parecidos com jaguares, foram descobertas em abril passado, quando uma cervejaria vizinha começou a construir um estacionamento.