Crítica: Liam Neeson: O Ladrão Honesto

Cotação: duas estrelas

Por TOM LEÃO

Lá vai Neeson, mais uma vez, ter de provar a sua inocência num filme

Nos últimos 20 anos, Liam Neeson firmou seu nome (e rosto confiável) como um dos mais assíduos atores maduros de filmes de ação (junto com Harrison Ford). Contudo, apesar de ter dito que ‘Vingança a sangue-frio’ (‘Cold pursuit’, 2019) seria seu último filme do gênero, cá está ele, de novo, em ‘Legado explosivo’ (‘The honest thief’), que estreia nesta quinta (7). É verdade que ele corre e pula menos neste. Mas, novamente, é um cara legal que tem de provar sua inocência.

Neste caso, Neeson faz Tom, o ‘ladrão honesto’ do título original, um cara que roubou diversos cofres de banco (sempre na calada da noite, sem uso de violência), que, ao conhecer aquela que seria a mulher de sua vida (a simpática Kate Walsh), resolve se entregar à polícia, esperando ter uma pena leve para recomeçar a vida. Contudo, agentes inescrupulosos do FBI, de olho na bolada que Tom tem guardada (nunca usou o dinheiro roubado), armam um esquema para incriminá-lo e ficar com o dinheiro. Assim, lá vai Neeson, mais uma vez, ter de provar a sua inocência num filme, que tem alguns bons momentos de suspense.

Apesar de ser rotineiro, o filme prende nossa atenção, muito por conta de Neeson, com sua voz firme e olhar de cão fiel, que nos faz torcer para que tudo dê certo para ele. Repetitivo, previsível, mas ‘Legado explosivo’ (o título em português refere-se às habilidades de Tom com bombas caseiras, com as quais abria os cofres) é honesto como o ladrão. Apenas uma boa diversão, que entrega o que vende.