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Grupo protesta em SP contra prisão de criador do WikiLeaks

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SÃO PAULO - Simpatizantes do australiano Julian Assange fizeram um ato na manhã deste sábado em frente ao Consulado Britânico, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, em solidariedade ao criador do site WikiLeaks, preso em Londres acusado de crimes sexuais. Com bandeiras, cartazes e megafone, o grupo, porém, acredita na versão de que a prisão de Assange foi uma retaliação à divulgação de documentos secretos da diplomacia americana.

"Embora o governo americano negue, não teria outro motivo para mantê-lo preso. A acusação contra ele já estava arquivada na Suécia e só agora retiraram da gaveta. Não dá para dissociar a prisão com retaliação", disse o jornalista Rafael Dantas, 26 anos, que também é militante do Partido da Causa Operária (PCO).

O ato bloqueou uma faixa da rua em frente ao consultado e foi convocado pela Internet, por meio das redes sociais Facebook e Twitter, além de blogs criados em protesto à prisão de Assange. Os manifestantes também distribuíram panfletos, adesivos e colocaram à venda, por R$ 4, exemplares de jornal com uma "edição especial" sobre o caso.

A falta de liberdade de imprensa também foi alvo de críticas. "Para mim, a prisão dele é política porque ele está defendendo o direito à informação. Somos um punhado de 'gatos pingados', mas de punhado em punhado, vamos chegar à grande mídia", afirmou a geóloga Miryám Hess, 47 anos.

A manifestação marcada para as 11h começou com uma hora de atraso; policiais militares monitoraram o grupo de longe. Os manifestantes colocaram um cartaz na grade do consulado com os dizeres em tinta vermelha "a informação quer ser livre". O Consulado Britânico, que não funciona aos sábados, permaneceu fechado durante o ato, que teve até "bate bola" no meio da rua.