SYDNEY - A mãe de Julian Assange, criador do portal WikiLeaks, declarou nesta sexta-feira que está preocupada com o filho, que segundo ela enfrenta "grandes forças". Christine Assange, que vive em Queensland, rebateu as acusações de agressão sexual feitas contra o filho, que motivaram sua detenção na Grã-Bretanha e que podem resultar em uma extradição para a Suécia.
Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, que já revelou milhares de telegramas diplomáticos confidenciais americanos, nega as acusações de estupro. "Julian, estuprador, me revolta, sem chance. Julian nunca estupraria", declarou Christine Assange.
"É uma preocupação, claro. Eu não sou diferente de qualquer outra mãe. Toda vez que o noticiário começa eu fico atenta". "Estas grandes forças decidiram que vão pará-lo e elas não vão respeitar as regras", denunciou.
Apesar das manifestações de apoio a Assange em toda Austrália, o governo australiano informou que apoiaria totalmente qualquer ação dos Estados Unidos para aplicar a lei contra o fundador do WikiLeaks após a revelação dos telegramas diplomáticos.
"Esperem um minuto, este é um dos seus cidadãos. Vocês não deveriam aceitar a acusação", disse Christine Assange. "Ele é corajoso. Muitas pessoas não seriam capazes de suportar as pressões que ele está sofrendo", acrescentou.
Ela disse que o filho, que já revelou milhares de documentos militares americanos a respeito das guerras no Iraque e no Afeganistão, está muito feliz com o apoio que recebe em todo o mundo.