Rio de Janeiro - O setor produtivo da região serrana do Rio de Janeiro terá R$ 400 milhões para investir na recuperação de negócios depois dos estragos causados pelas chuvas. O financiamento será feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e repassados pelo Banco do Brasil e pela agência de fomento do estado, Invest-Rio.
Durante o anúncio do acordo, hoje (21), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, explicou que as indústrias da área têxtil, metal-mecânica e agropecuária foram muito prejudicados. Mas que os recursos serão destinados a todo o setor produtivo. "Seja da área do turismo, do comércio, da gastronomia ou o setor empresarial", afirmou.
O financiamento será repassado por meio do Programa Emergencial de Recuperação do Rio de Janeiro, para o financiamento de máquinas e equipamentos, além de obras de construção civil e capital de giro. O prazo de pagamento é de dez anos, com juro fixo de 5,5% e carência de dois anos. O limite do empréstimo é de R$ 1 milhão por empreendedor.
A estratégia de crédito ao produtor foi desenvolvida durante as enchentes que atingiram municípios de Alagoas e Pernambuco, no ano passado. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho o foco são os micro e pequeno produtores, que terão a avaliação de suas documentações facilitada perlo banco. Com a iniciativa, há também a expectativa de formalização de alguns negócios.
"Modelamos um processo rápido de concessão de crédito. Essa metodologia foi testada e funcionou com sucesso no Nordeste, ano passado", disse Coutinho, depois de explicar que o financiamento ofertará uma linha de crédito de até R$ 50 mil para micro e pequenos empreendimentos.
"É importante que esse processo ajude a induzir na formalização, que será necessário para que os pequenos empresários acessem o crédito do sistema por meio de nossos agentes".
O BNDES também vai estender o prazo de pagamento dos produtores que já tinham contraído crédito, por meio do Programa BNDES Especial de Refinanciamento a Empresas e Municípios do Estado do Rio de Janeiro. O montante deve chegar a R$ 250 milhões. O novo prazo de pagamento será de até quatro anos com carência de um ano.