Cerca de 100 pessoas fizeram boletins de ocorrência para registrar assaltos dentro da Cidade do Rock, durante os shows das cantoras Claudia Leitte e Katy Perry. Segundo fãs, um grupo de cinco homens promoveu diversas situações de empurra-empurra em alguns pontos da Cidade do Rock, e roubou câmeras fotográficas, celulares e, principalmente, carteiras com dinheiro e documentos.
Indignadas, algumas vítimas disseram que pretendem processar a organização do evento. Os assaltos aconteceram em pontos distintos da Cidade do Rock - um grupo foi abordado nas proximidades da roda-gigante, enquanto outras vítimas tiveram seus pertences roubados em frente ao Palco Mundo.
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"Começaram a me empurrar e, quando eu percebi que era um grupo de cinco homens, e olhei para trás, um deles enfiou a mão no meu bolso e levou minha câmera fotográfica. Comprei a máquina há apenas duas semanas, em Miami. Fizeram tanta propaganda desta Cidade do Rock que eu achei que estivesse seguro aqui dentro", lamentou o administrador da Petrobras Ricardo Lamego. "Quando pedi ajuda ao segurança da Prosegur, ele apenas lamentou e pediu que eu procurasse um posto da Polícia Civil para registrar o caso".
O turista português Ricardo Albuquerque está com medo de voltar para a Cidade do Rock neste sábado - segundo dia do festival. Ele foi uma das vítimas do grupo de ladrões que atacou os fãs.
"Estou muito assustado, porque o lugar tem seguranças, portões e grades. Não pensei que isso pudesse acontecer. Levaram meu IPhone4 com muita truculência. Para isso, rasgaram o bolso da minha bermuda e tudo. Quando tentaram levar também a minha carteira, eu reagi, porque os bandidos não estavam armados", queixa-se o aposentado.
Para Samir Dias Rezende, militar, os roubos não são apenas caso de polícia, mas sim de Justiça.
"Na próxima segunda-feira, eu vou procurar um advogado e entrar com uma ação contra os organizadores do Rock in Rio. Levaram cinco convites para os outros dias do festival, além dos meus documentos e R$ 700. Isto é inadmissível num lugar cercado por grades e seguranças", disse. "Não estou neste festival de graça. Paguei pelo ingresso. E os fãs merecem o mínimo de respeito", finalizou.
Os dois contêiners da Polícia Civil, destinados a registros de ocorrências, eram pequenos para receber as vítimas dos arrastões. A solução foi preencher os formulários de comunicação de crime do lado de fora.
Um dos responsáveis pela segurança da Cidade do Rock, Gilberto Maia, da Prosegur, foi procurado, mas, até o início da madrugada, não havia se manifestado.