A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou nesta quinta-feira (12), em sessão extraordinária, a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB).
A votação terminou com placar de 29 votos a 16 em favor do prefeito, que é acusado de oferecer benefícios a pastores e fiéis evangélicos na administração municipal, como cirurgias e isenções do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) para templos.
Os vereadores analisaram dois pedidos, mas concordaram que, se o primeiro fosse rejeitado, o segundo também seria. Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal, foi gravado durante um encontro com evangélicos em uma das sedes da Prefeitura, oferecendo vantagens como operações de catarata, varizes e vasectomia.
"Temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na Prefeitura para esses processos andarem", disse o prefeito. A sessão extraordinária desta quinta havia sido convocada após 17 vereadores terem assinado um requerimento para interromper o recesso parlamentar e discutir o impeachment. Apesar da vitória na Câmara, Crivella ainda pode ter o balanço da Prefeitura relativo a 2017 rejeitado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), que apura indícios de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.