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Polícia suspeita que vereadora Marielle Franco, do Psol, tenha sido executada

Secretário de Segurança determinou à Divisão de Homicídios ampla investigação sobre crime

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A polícia trabalha com a suspeita de execução no caso do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), morta a tiros na noite desta quarta-feira, 14. O velório acontece a partir das 11h desta quinta-feira, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

O Secretário de Estado de Segurança, Richard Nunes, informou, em nota, que determinou à Divisão de Homicídios ampla investigação sobre os assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Pedro Gomes, morto também no ataque. O secretário disse que acompanha as investigações com o chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, desde que soube do crime.

O crime causou comoção nas redes sociais. Vários atos de protesto foram convocados pelo País. Há chamadas para manifestações em São Paulo, Salvador, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Belém, Juiz de Fora (MG), Porto Alegre, Florianópolis, Natal, Curitiba e Campos dos Goytacazes (RJ). Na capital fluminense, foi organizado um ato a partir das 10h, na praça da Cinelândia, em frente à Câmara Municipal do Rio.

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Marielle, de 38 anos, e o motorista foram assassinados a tiros dentro de um carro na região central carioca na noite desta quarta. Ela voltava para casa depois de participar de um evento. Uma assessora que também estava no carro ficou ferida e já prestou depoimento à polícia.

A vereadora ficou conhecida como militante do movimento negro e de direitos humanos, com denúncias recentes sobre a violência policial contra moradores de favelas no Rio. O ataque ocorreu na esquina da Rua Joaquim Palhares com a João Paulo I. Um automóvel emparelhou com o carro de Marielle, e os criminosos fizeram vários disparos contra o veículo da vereadora.

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Rio de Janeiro divulgou nota pedindo apuração rigorosa e imediata do crime. O crime repercute na imprensa internacional.

Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições municipais de 2016. Na Câmara Municipal, ela integrava a comissão que acompanhava a intervenção, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia. Há oito dias, ela compartilhou denúncia de moradores de Acari, favela na zona norte carioca, sobre o suposto homicídio de dois jovens por policiais, além de ameaças feitas por PMs.