ASSINE
search button

Psol mobiliza protesto em frente à Alerj para a manutenção da prisão de Picciani

Compartilhar

Parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (Psol)  mobilizam internautas nas redes sociais para uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) nesta sexta-feira (17), a partir das 12h, quando deverá ser analisada a decisão do Tribunal Regional Federal que determinou a prisão dos peemedebistas Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. 

"O PMDB quebrou o Rio! 185 bilhões de reais dos cidadãos concedidos como isenção para empresas, hospitais sem recursos com profissionais precarizados, desmonte da UERJ, servidores públicos sem receber e uma Segurança Pública irresponsável: tudo isso é fruto de uma quadrilha que se formou no poder no Rio de Janeiro", diz o evento em página do Facebook

Com a decisão unânime do TRF-2 de conceder mandados de prisão preventiva contra o presidente da Alerj, Jorge Picciani, e os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, a Alerj vai se reunir, a partir desta sexta-feira, em uma sessão extraordinária, para decidir se os acusados respondem ao processo em liberdade ou presos. 

"O Psol faz oposição ao PMDB do Rio de Janeiro desde sempre. Fomos o único partido que votou contra Picciani na presidência da Alerj. Vamos para cima gritar juntos: #FORAPMDB", finaliza o evento. 

Acusação

Segundo a Procuradoria Regional da República da 2ª Região, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, seu antecessor Paulo Melo e o segundo vice-presidente, Edson Albertassi, formam uma organização que vem se estruturando de forma ininterrupta desde a década de 1990. O grupo contaria com a participação ainda do ex-governador Sérgio Cabral, que também foi deputado estadual e já presidiu a Alerj.

Ainda de acordo com a Procuradoria, eles “vêm adotando práticas financeiras clandestinas e sofisticadas para ocultar o produto da corrupção, que incluiu recursos federais e estaduais, além de repasses da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor)”.

O Ministério Público Federal afirma que Jorge Picciani e Paulo Melo receberam mais de R$ 112 milhões em propinas num período de cinco anos. "Planilhas dizem para nós que, no período de 15 de julho de 2010 a 14 de julho de 2015, foram pagos da conta da Fetranspor para Picciani R$ 58,58 milhões, e para Paulo Melo R$ 54,3 milhões. Desse dinheiro, parte foi paga a mando de Sérgio Cabral. Havia um projeto de poder de enriquecimento ilícito por muitos integrantes do PMDB Rio”, disse a procuradora Andréa Bayão Pereira Freire.

O MPF identificou que a indicação de Albertassi para uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pode ter sido uma manobra para que a organização criminosa retome espaços perdidos com os afastamentos de conselheiros determinados pelo STJ, e também uma forma de atrapalhar as investigações, ao deslocar a competência para a apuração dos fatos e tirar o caso do TRF2. Essa é a primeira vez em que uma investigação ligada à Lava Jato é conduzida por um TRF.

>> TRF aceita pedido de prisão de Jorge Picciani e mais dois

>> Após decisão do TRF, Jorge Picciani se entrega na sede da PF, no Rio

>> Pezão: deputados têm o direito de se defender

>> Advogado de Jorge Picciani questiona decisão do TRF