A decisão de manter presos de alta periculosidade em presídios federais, evitando que regressem a seus estados de origem, tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (4), foi comemorada pelo secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá.
O secretário agradeceu a Moraes e a outras pessoas envolvidas na discussão, como o ministro da Defesa, Raul Jungmann; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O pedido de retorno dos presos foi feito pela Defensoria Pública da União (DPU), que ingressou com pedido de liminar no STF para que os detentos há mais de dois anos em presídios federais retornassem para cumprir pena nos seus estados.
"Eu quero parabenizar a decisão do ministro Alexandre de Moraes. É um momento muito especial, em que todas as instâncias e Poderes estão se articulando em defesa do Rio de Janeiro. Esta decisão merece o nosso aplauso, porque privilegiou o cidadão de bem e manteve longe do Rio de Janeiro essas pessoas que são inimigas da nossa população”, declarou Sá, após reunião com diversas entidades ligadas à segurança pública, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Sá explicou que, estando nos seus estados de origem, os detentos teriam mais facilidades de articular ações criminosas. “Estando próximos, com a facilidade de que qualquer pessoa pode se inscrever e se habilitar para a visita, a gente acredita que aumenta muito a possibilidade de articulações e recados para o mundo externo do presídio. Quanto mais longe, mais dificuldade para se ter acesso. O que não vai impedir de ele se articular com a defesa e com os familiares.”
O secretário disse que, inclusive, é a favor de se dificultar as visitas íntimas para os presos, em prol da segurança da sociedade. “Alguns direitos individuais, nesses casos, eventualmente, devem ser mitigados, em prol do direito da coletividade. Temos que ver o que o mundo faz em relação a isso. E se essas visitas e essas consultas têm sido um caminho para o mal, para o cometimento de crimes, elas devem ser revistas.”Sobre as operações na Rocinha, que ficou sob cerco das Forças Armadas durante uma semana, Sá disse que a situação atual é estável e tranquila.
“Estamos lá com mais de 500 policiais, diariamente, sob comando de dois coronéis. Temos no entorno operações de blitzes nas vias de acessos. Estamos em outras comunidades onde pode estar o Rogério 157 ou de onde pode sair algum tipo de apoio. É possível, e aconteceu esta semana, um ou outro episódio de troca de tiros muito rápida. Isto aconteceu justamente em razão da Polícia Militar estar patrulhando em uma situação ativa, para manter e ampliar a posição no terreno, para a população manter sua tranquilidade.”