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MPF do Rio remete à PGR relatório da PF sobre indícios de propina a Pezão

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O procurador Leonardo Freitas, coordenador da Operação Lava Jato no Rio, afirmou que o Ministério Público Federal do Rio requereu o envio do relatório da Polícia Federal que aponta indícios de pagamento de propina ao governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, para a Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR tem a competência para atuar junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que Pezão tem foro privilegiado.

A Polícia Federal encaminhou para o juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, na quinta-feira (9), anotações que apontam repasse de propina para Pezão. O nome do governador aparece duas vezes numa lista encontrada no apartamento de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores do ex-governador Sérgio Cabral.

Os repasses para Pezão, segundo os investigadores, seriam de R$ 140 mil e de R$ 50 mil. De acordo com o relatório da PF "verificaram-se alguns escritos que podem servir de elementos probatórios que vinculam o governador atual do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza no possível esquema de recebimento de propina de um dos operadores financeiros do ex-governador Sérgio Cabral, também preso na operação Calicute".

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Como Pezão tem foro privilegiado, por ser governador, o delegado Antônio Carlos Beaubrun Júnior pediu que a documentação seja encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O documento será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), que dará o parecer sobre o caso.

Em nota sobre o relatório da PF, o governador Pezão informou que "continua à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos a respeito das investigações. Pezão ressalta que suas contas já foram analisadas em processos anteriores da Polícia Federal, e estes foram arquivados.".