Para a organização da Olimpíada, a Prefeitura do Rio firmou ao menos 12 contratos sem licitação, com valores que chegam a R$ 233 milhões. A maior parte é referente a contratações emergenciais de empreiteiras para concluir arenas atrasadas. As informações são da Folha de S. Paulo, que acrescenta que há também serviços de simples execução e planejamento, como a construção de casas na Vila Autódromo.
De acordo com a reportagem, os maiores contratos foram firmados pela Riourbe, empresa municipal responsável pelas obras nas arenas. Ainda segundo a Folha, o município afirma que todas as contratações sem concorrência respeitaram a lei de licitações, que prevê exceções. Segundo a Empresa Olímpica Municipal, os acordos foram fechados por mudanças no planejamento.
Ela contratou quatro empreiteiras para concluir as obras do Velódromo e dos centros olímpicos de Tênis e Hipismo –este último foi dividido por duas empresas.
A reportagem destaca que em todas essas obras, o município rescindiu os acordos com as construtoras que venceram a licitação por não cumprirem os prazos.
A Folha revelou há duas semanas que entre as contratadas estão duas firmas ligadas à família do líder do PMDB na Alerj, André Lazaroni. A Engetécnica e a Zadar pertencem a Paulo Roberto Moraes, pai do correligionário do prefeito Eduardo Paes.
Eles negam interferência política. O Ministério Público do Rio investiga o caso.