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'The Economist': Cidade do Carnaval é a mais violenta que já sediou Olimpíadas

Matéria comenta ataque do prefeito ao governador interino e cita crimes recentes no Rio

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A revista britânica The Economist dedicou um longo editorial a violência do Rio de Janeiro, que sediará em três semanas os jogos olímpicos, atraindo mais de quinhentos milhões de visitantes do mundo inteiro, além de atletas, jornalistas e comissões técnicas. 

O artigo comenta alguns fatos recentes acontecidos na "cidade maravilhosa", como tiroteios que acabaram por matar crianças, policiais, roubos a equipamentos da TV alemã, entre tantos outros. The Economist não deixou de lembrar do acidente na ciclovia que matou dois homens e o grande número de policiais mortos nos últimos meses.

A reportagem da revista britânica cita a entrevista de Eduardo Paes,  prefeito do Rio de Janeiro a rede de TV internacional CNN, onde culpou a governo interno Francisco Dornlles e Luis Fernando Pezão pela desordem nas contas do Estado, mesmo ambos pertencendo ao PMDB, seu partido político. Paes falou ao público que o governo interino está fazendo um trabalho "terrível, horrível" com relação a segurança (uma tarefa que cabe ao Estados, e não as autoridades federais). Os policiais estão cansados de receber com atraso seus salários e fizeram alguns protestos com faixas escritas "Welcome to Hell", ou seja, sejam bem-vindos ao inferno, em pleno aeroporto internacional do Rio de Janeiro.

> > > The Economist A sporting chance of safety

Não sem razão, o crime tem sido intimamente associada com esta bela cidade, onde se realizam festas incríveis como os carnavais e onde está situada a tão falada praia de Copacabana, declara a publicação britânica The Economist. O Rio é de longe o lugar mais violento onde já se realizou os Jogos Olímpicos. A esperança era que as autoridades usassem o período de preparação para os jogos para torná-la mais segura.

Como prefeito da cidade, Eduardo Paes insiste que os visitantes não precisam ter medo. O governo federal está dando ao Estado 2,9 bilhões de reais (860m) para investir em segurança. O valor quitará os salários da polícia durante este período. Cerca de 27.000 soldados e guardas nacionais ajudarão a manter a ordem. 

O que acontecerá após o megaevento de alcance mundial, ainda não está claro, mas a grande preocupação atual do país que sofre sua maior crise política e econômica da história parece ser esconder suas verdadeiras faces e maquiar as imperfeições para o mundo que estará de olhos nas Olimpíadas 2016.