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Defesa Civil e consórcio vão apresentar plano de emergência após cratera

As obras do metrô na região foram suspensas e a rua Barão da Torre continua interditada

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Após uma reunião entre a coordenação da Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro e engenheiros do Consórcio da Linha 4 do Metrô, na manhã desta segunda-feira (12/5), as obras do metrô em Ipanema, zona Sul da cidade, onde uma cratera se abriu na Rua Barão da Torre no domingo (11), foram suspensas. O buraco já foi fechado, mas o trânsito continua interditado no local. O coordenador municipal da Defesa Civil, Márcio Motta, garante que não há riscos para as edificações localizadas no entorno da cratera e anunciou a criação de um plano de emergência que será detalhado ainda na tarde desta segunda (12).   

>> Falha geológica pode ter causado crateras em Ipanema, diz subsecretário

A cratera se abriu no meio da rua Barão da Torre, no trecho entre a Farme de Amoedo e a Teixeira de Melo, na madrugada deste domingo (11). Moradores de prédios que ficam próximos ao buraco, na altura do número 137, afirmaram que os seus apartamentos e as bases externas das edificações estão apresentando rachaduras, após o "tatuzão", equipamento que perfura o solo, começar a ser usado na região. Algumas famílias chegaram a passar a noite em hotéis. O gerente de produção do consórcio, Aluísio Coutinho Júnior, disse que as estruturas dos prédios estão sendo monitoradas e se mostraram estáveis, não oferecendo risco. Coutinho Jr afirmou ainda que o afundamento pode ter sido provocado por uma falha geológica por onde estava passando o tatuzão.

“A princípio aponta-se para uma falha geológica. As análises do solo determinaram que era possível fazer desse modo construtivo. Em um determinado ponto encontrou uma falha geológica em que houve o recalque da calçada e da pista, não dos prédios. Houve uma área de, aproximadamente, 4 metros de largura um afundamento de quase 2 metros de profundidade”, explicou. Os engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-RJ) estiveram no local na manhã desta segunda (12) e devem apresentar uma avaliação técnica até o final da tarde.  

O síndico do condomínio Serra do Mar, que fica a 50 metros da cratera, Roberto Travessos, de 52 anos, disse que muitos moradores estão apavorados e já pensam em cobrar das autoridades uma providência para garantir a segurança das famílias. Segundo o síndico, as bases na área externa do prédio, próximo à portaria, apresentam rachaduras. "Estamos notando isso há uns 40 dias. Um funcionário do consórcio esteve no prédio e fez uma medição e nos garantiu que não há riscos, mas os moradores continuam preocupados, especialmente agora que abriu essa cratera", conta Travassos.   

O Consórcio Metrô Linha 4 Sul é responsável pela construção da linha de metrô que vai ligar o bairro de Ipanema a Barra da Tijuca, na zona oeste. O consórcio informou em nota que o reparo na rua Barão da Torre foi feito logo após o afundamento causado pelas obras. Apesar da interdição, segundo a CET-Rio o trânsito é normal na região.