A CPI do Vandalismo instalada pela Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) faz sua primeira reunião na próxima semana. A Comissão Parlamentar de Inquérito proposta pelo deputado Bernardo Rossi, vice-líder do PMDB, para apurar casos de vandalismo em manifestações públicas, foi oficializada nesta quarta-feira com a publicação, em Diário Oficial, da resolução 960/2014. A Comissão será composta por sete deputados e terá prazo de 90 dias para execução dos trabalhos podendo ser prorrogados por mais 60.
Líderes de partidos estão indicando à mesa diretora da Alerj nomes para compor o grupo. Definidos os membros, a comissão inicia trabalhos com a primeira reunião quando vai estabelecer calendário de oitivas e requisição de documentos.
A CPI foi pedida por Bernardo Rossi em função da onda de violência em atos públicos reivindicatórios que acontecem em todo o país. “Estão em jogo a democracia, a liberdade de imprensa e a vida”, afirma o parlamentar.
A série de vandalismo no Rio vitimou o repórter cinematográfico Santiago Ilídio Andrade, da Band, atingido na cabeça por um rojão quando fazia a cobertura de uma manifestação no centro da cidade, na quinta-feira (06.02). Atos de vandalismo foram registrados a partir da onda de protestos iniciada em junho de 2013, principalmente nas capitais. Em meio a manifestações pacíficas foram promovidos ataques a monumentos, prédios públicos e comércios. A CPI vai apurar responsabilidades, principalmente no financiamento de grupos que praticam vandalismo.
“A sociedade espera que possamos responder a perguntas como ‘Quem comprou os morteiros?’, ‘Com que dinheiro?’, ‘Quem levou estes artefatos até lá?’, ‘Quem oferece ajuda jurídica para estas pessoas?’. São questões que precisam ser esclarecidas para que esta violência isolada e articulada tenha fim”, afirma o deputado.