Pouco mais de um mês após ter se desfiliado do PSB, o deputado Romário retorna à legenda, já no posto de presidente do diretório do Rio de Janeiro. Um dos argumentos que convenceram o deputado a voltar foi a possibilidade de se candidatar a prefeito do Rio em 2016.
"Uma das coisas que me fez sair do partido foi exatamente a impossibilidade de eu ter a oportunidade de no mínimo eu ter possibilidade de pesquisa e, se estiver bem pontuado, poder disputar uma eleição", contou o deputado, afirmando que o ano de 2016 "está muito longe". "Se quando chegar a época, eu pontuar dentro daquilo que o partido entenda que é importante eu disputar, terei muito prazer em disputar", acrescentou.
Em agosto, Romário entregou um pedido para sair do partido. Em sua página no Facebook, ele escreveu: "acabei de entregar para o presidente do PSB do Rio de Janeiro, Alexandre Cardoso, a minha desfiliação da legenda. Estou a caminho do TSE para oficializar o pedido". Hoje, ele e o presidente nacional da legenda, Eduardo Campos, preferiram não falar dos motivos da saída. "Não é dia de ficar falando das coisas que passaram", disse Romário.
O deputado afirmou que seu primeiro ato à frente da presidência estadual da legenda será entregar os cargos que o PSB ocupa no governo do Estado do Rio ao governador Sérgio Cabral. "O pedido que farei a essa comissão (provisória, que antecede a presidência de Romário no diretório) é que a gente desembarque do governo Cabral para que a gente tenha independência no Estado e que a gente entregue todos os cargos, se existem, ao governo", declarou Romário. Gesto similar ao do PSB no âmbito federal, quando deixou o governo Dilma Rousseff.
Romário, 47 anos, foi um dos melhores jogadores de futebol do mundo - eleito o melhor jogador do Mundial de 1994. O ex-atleta se elegeu para deputado federal pelo PSB em 2010 com 146.859 votos.