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Professores protestam na Câmara dos Vereadores

Categoria tenta impedir votação do Plano de Carreira que não contempla suas reivindicações

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Os professores da rede municipal realizaram um protesto na tarde desta terça-feira (24) na Câmara dos Vereadores, na Cinelândia. Cerca de 70 profissionais de ensino lotaram o plenário da Casa, com objetivo de impedir a votação da proposta de plano de cargos, carreiras e remuneração (PCCR) apresentado pela Prefeitura na última terça-feira (17). Apesar da ocupação ter sido pacífica, o vereador Luiz Carlos Ramos tentou a retirada do grupo.

Os professores ocuparam as duas galerias do plenário da Câmara e gritaram palavras de ordem contra o prefeito Eduardo Paes. Alguns não conseguiram acesso à Casa, mas continuaram com o ato do lado de fora. A manifestação seria uma resposta ao vereador Luiz Antonio Guaraná, que havia prometido aos representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) comparecer à votação. O vereador é líder do governo na Câmara. 

Na segunda-feira (23), os professores dialogaram com as lideranças da Câmara, incluindo o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), pedindo apoio para que o projeto proposto não seja aprovado. No mesmo dia, a Prefeitura divulgou nota informando que não haverá mais negociações com a categoria enquanto a greve prosseguir e que o caso seria resolvido agora no plenário da Câmara dos Vereadores, para onde foi encaminhado o plano de cargos. 

Na nota, o órgão ainda ressalta a postura "intransigente" do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) e alega que "realizou "cerca de 10 reuniões, três delas com a presença do próprio prefeito Eduardo Paes".

Apesar da elaboração do documento, a categoria afirma que a proposta não contempla todas as suas reivindicações e diz respeito a menos de 10% dos profissionais. Para o coordenador geral do Sepe, Alex Trentino, a intransigência tem partido apenas da Prefeitura. "Quem não está aberto para discussão é o governo. Ocupamos a Prefeitura (na sexta-feira, 20) querendo reabrir a discussão", ressalta o coordenador.