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Moradores de Búzios fazem protesto contra transposição de efluentes

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Moradores de Búzios e representantes da Câmara de Vereadores realizam nesta quarta-feira (5), a partir das 15h, um protesto na entrada da cidade contra a aprovação em regime de urgência da Lei Estadual de nº 2158/2013 que libera R$ 11,5 milhões para a transposição dos efluentes das estações de tratamento da Região dos Lagos - Araruama, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia - para o Rio Una, que deságua na Praia da Rasa, próximo à divisa de Búzios com Cabo Frio.

O protesto, que acontece no Dia Internacional do Meio Ambiente, destaca as consequências desastrosas da transposição para os recursos naturais do município. Os manifestantes lembram que Búzios vive praticamente do turismo, graças às suas belas praias.

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"Não podemos, não devemos e não vamos permitir que nossa cidade seja destruída pela incompetência técnica da Prolagos, que mal consegue dar conta do esgoto de nosso município, quanto mais de três municípios, que somam juntos mais de 400 mil habitantes, isso apenas na baixa temporada, pois no verão, este quantitativo, no mínimo, ultrapassa mais de 1 milhão e meio de pessoas a produzir esgoto ininterruptamente. A poluição do canal da marina está ai para quem quiser ver", diz manifesto distribuído pelos organizadores do protesto. Os manifestantes destacam ainda que a situação do saneamento em Búzios é precária e que o cenário vai se agravar ainda mais com a transposição dos efluentes.

Por meio de sua assessoria, a Prolagos informou em nota que apenas executa o serviço. "A concessionária de água e esgoto da Região dos Lagos, trata os esgotos atendendo a todos os padrões de qualidade e legislação vigentes. Os resultados desta operação são acompanhados pelos órgãos ambientais e pela agência reguladora. O cronograma de obras executado pela empresa segue, criteriosamente, o que é definido pelo poder concedente (Governo do Estado do Rio e Prefeituras), após debate técnico realizado no Consórcio Intermunicipal São João e no Comitê de Bacias, onde toda a sociedade civil organizada e as ONGs têm direito a voz", afirma a nota.