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Greve tem adesão de 90% dos rodoviários do Rio, diz sindicato

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O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento de Santana, informou nesta sexta-feira que a paralisação dos motoristas e cobradores teve a adesão de 90% da categoria no início da manhã. Segundo ele, foi preciso pedir que os motoristas fossem trabalhar para que o número de ônibus circulando chegasse a 30% da frota.

Santana explica que os motoristas reivindicam piso salarial de R$ 2 mil e 15% de aumento salarial, além de direito a plano de saúde, vale-refeição e aumento da cesta básica. Outro pedido do sindicato é o fim da dupla função de cobrar e dirigir. De acordo com o presidente do Sintraturb-Rio, foi concedido unilateralmente 8% de aumento, apesar do pedido de 15%.

Já o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) diz que sempre esteve aberta à negociação e que além dos 8%, serão dados mais 2% em junho. O sindicato das empresas argumenta que motoristas de micro-ônibus receberam 40% de aumento e que os dos ônibus articulados ganharam 20%, além dos 8% da categoria.

A Rio Ônibus informa ainda que a Zona Oeste é a área mais atingida pela paralisação. Na madrugada, 60 ônibus alimentadores do BRT Transoeste foram apedrejados quando foram tirados da garagem.

Ao meio-dia de hoje, o Sintraturb-Rio realizará nova assembleia para discutir os resultados da greve e sua possível suspensão antes do tempo, já que estava prevista para durar 24 horas.

Trânsito complicado

A greve complicou o trânsito em vários pontos da cidade, pelo excesso de carros nas ruas e encheu os pontos de ônibus de passageiros, que esperaram mais que o normal para viajar. O BRT está funcionando sem linhas alimentadoras, e os ônibus de integração com o metrô também não estão circulando.

A paralisação ocorre justamente no dia de aniversário da cidade. A Rio Ônibus pedirá ao Tribunal Regional do Trabalho que julgue a legalidade da paralisação, que classifica de abusiva por não respeitar o percentual mínimo de 30% dos ônibus circulando.