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Chega a 60 número de ônibus apedrejados durante greve no Rio

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Já chega a 60 o número de ônibus apedrejados durante a greve dos rodoviários no município do Rio de Janeiro. Os coletivos são das viações Pégaso e Jabour, da Zona Oeste da cidade. Vários motoristas foram agredidos por piqueteiros nas portas das garagens, em Santa Cruz e Campo Grande.

Durante a madrugada, também houve confusão entre grevistas e funcionários da empresa Santa Maria, na Estrada Coronel Pedro Correa. Ninguém ficou ferido e a Polícia Militar foi acionada para controlar a situação.

>> Greve tem adesão de 90% dos rodoviários do Rio, diz sindicato

A paralisação dos motoristas e cobradores começou à meia-noite, após a realização de uma assembleia que rejeitou a proposta dos patrões. Ao meio-dia haverá uma nova assembleia para decidir os rumos do movimento. 

Os trabalhadores reivindicam aumento salarial, fim do banco de horas extras, jornada de trabalho de seis horas e término da dupla função, quando o motorista faz também o trabalho de cobrador. A Rio Ônibus, que reúne as empresas rodoviárias municipais da cidade do Rio de Janeiro, entrou com uma ação na Justiça solicitando que a greve seja declarada ilegal e, por isso, suspensa.

Com a greve, os cariocas enfrentam uma manhã complicada, com dificuldades para chegar ao trabalho. Muitos pontos estão lotados. Os poucos ônibus que circulam já chegam lotados ao Centro da cidade, aumentando a angústia de quem precisa trabalhar.

A Secretaria Municipal de Transportes informou que o BRT Transoeste, que liga Santa cruz à Barra da Tijuca, na Zona Oeste, opera com 22 ônibus articulados, sendo que a frota média é de 80 veículos. As linhas circulam apenas no corredor de ônibus expressos, sem as linhas alimentadoras nos bairros.

A Prefeitura do Rio de Janeiro determinou aos consórcios que coloquem a frota normal programada nas ruas da cidade. Segundo a prefeitura, a greve é parcial e há um aumento gradativo dos veículos nas ruas da cidade.

O presidente da Rio Ônibus garante que 30% dos coletivos estão na rua. "Está funcionando. Não por respeito à norma, mas por esforço das empresas e funcionários que estão chegando cedo e prolongando os horário", disse Lélies Teixeira.