ASSINE
search button

Coleta de lixo começa a ser normalizada na Baixada Fluminense 

Compartilhar

A coleta de lixo nas cidades da Baixada Fluminense começa a se normalizar só nesta segunda-feira, 21 dias depois da posse dos novos prefeitos eleitos no ano passado. Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Mesquita, os municípios mais atingidos pelo descaso das administrações anteriores, ainda enfrentam problemas pontuais na questão, mas os moradores já veem melhora.

No final do ano passado, correram imagens das montanhas de lixo acumuladas no centro de Duque de Caxias, terceiro município mais populoso do Estado do Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, o Terra andou pelo local e a perspectiva já é bem diferente. Não havia sacolas de lixo jogadas nas calçadas e os comerciantes afirmam que há recolhimento toda noite.

"A partir do mutirão que fizeram no início do ano, melhorou bastante. Não se vê mais lixo nas ruas, mas tem umas ruas aí que estão enchendo d'água quando chove, porque ficou muito lixo entupindo as galerias de esgoto", afirma o comerciante André Felipe, 38 anos, dono do Bar Assunção, próximo ao Centro Cultural Oscar Niemeyer e à estação do trem de Duque de Caxias. O prefeito Alexandre Cardoso (PSB) havia pedido 60 dias para normalizar a coleta, que ainda tem problemas em regiões menos centrais.

Nova Iguaçu

A situação na periferia de Nova Iguaçu só começou a ser tratada no final da última semana. Moradores do bairro de Austin pagavam R$ 10 para carroceiros levarem o lixo que estava se acumulando em frente as suas casas para o terreno abandonado da antiga fábrica de cigarros, que virou depósito irregular. Nesta segunda-feira, o Terra flagrou caminhões da prefeitura e uma escavadeira retirando o lixo do local.

Na sexta-feira, houve coleta pela primeira vez no bairro desde que o prefeito Nelson Bornier (PMDB) assumiu. A prefeitura, que contratou uma nova empresa para efetuar a coleta, afirmou que pretende regularizar todo o serviço até esta semana.

"Problema com o lixo aqui sempre tem porque as pessoas jogam nos terrenos baldios", explicou o ajudante de transportadora Mauro da Silva, 38 anos. "O caminhão recolheu uma montanha de lixo na sexta-feira e hoje (segunda) já tem lixo aí de novo. A prefeitura tem recolhido."

Mesquita

Em Mesquita, moradores das avenidas principais enfrentam menos problemas. Ali o recolhimento do lixo está sendo feito normalmente. A dificuldade, segundo a comerciante Valéria Cabral, está nas ruas vicinais onde os caminhões da prefeitura têm dificuldade de entrar. "As pessoas têm que trazer o lixo aqui para a avenida", diz.

A Secretaria de Obras do município assumiu a coleta do lixo em Mesquita na gestão do prefeito Gelsinho Guerreiro (PSC), enquanto não fica pronta uma licitação para contratação de uma empresa fixa.