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Rocinha terá a maior mobilização da Marinha em apoio à segurança

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A Marinha do Brasil vai disponibilizar 194 homens (19 oficiais e 175 praças) e 18 blindados em apoio às forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro para a ocupação da favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. A operação acontece na madrugada deste domingo com o objetivo de "recuperar o território" sob o controle do crime organizado. Esta é a maior mobilização da Marinha em apoio à Secretaria da Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Como comparativo, a Marinha tem hoje 299 homens de seu contingente no Haiti e utilizou 127 na ocupação do Complexo do Alemão, no ano passado. De acordo com Yerson de Oliveira Neto, capitão de mar-e-guerra da Marinha, o grupo está pronto para enfrentar as situações mais adversas.

"Estamos preparados para o pior. Temos informação que os traficantes locais estavam muito bem armados para garantir a vida dos líderes. Faremos várias ações simultâneas de apoio às forças de segurança do Estado", afirma.

O capitão lembra que nesse tipo de operação fatores externos precisam ser muito bem considerados para que não haja baixa de civis. "Ali tem pessoas inocentes, uma velhinha de 80 e poucos anos, crianças brincando na rua. Estamos bem equipados e temos um planejamento para que a ação ocorra dentro da mais perfeita ordem", diz.

Ele diz que aqueles que vão participar dessa operação precisam saber quais são as regras de engajamento para que não haja excessos. "Tropas preparadas para ir para o exterior precisam ter perfeito entendimento do que é crime e o que não é crime. Esse é um tipo de operação muito complexo e requer cuidados especiais.