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Marinha: Apesar de diagnóstico de Influenza B, Cedae vai analisar água

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Amostras de água do Centro de Instrução Almirante Milciades Portela Alves estão sendo analisadas pela Cedae. A intenção, segundo informações da Marinha, é descobrir se houve algum tipo de contaminação dos mais de 50 recrutas doentes.

Nesta terça-feira, o capitão de fragata da Marinha e médico do Centro do Serviço de Controle de Infecções do Hospital Marcílio Dias,  André Delorenzi, informou que exames revelam que há presença do vírus da Influenza B em sete recrutas. 

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Segundo ele, foi coletado material biológico de dos 12 aspirantes. Novos resultados devem ser revalados nos próximos dias. A Influenza B  é uma doença transmitida por vias respiratórias, comum em aglomerados, como creches, escolas e quartéis.

Também participaram da entrevista, o comandante do Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (Ciampa), em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, Eder Sampaio, e o capitão de Mar e Guerra, Anderson da Costa Medeiros.

Recrutas estão internados no Hospital Naval

No total, 24 recrutas e três instrutores permanecem internados atualmente no Hospital Marcílio Dias. Dos 57 pacientes que deram entrada, 38 receberam alta ontem à noite. No entanto, mais cinco pessoas foram internadas ontem e três, hoje.

Os médicos garantiram que durante os exercícios praticados pelos recrutas no Ciampa não houve proibição de ingestão de líquidos. Segundo eles, os recrutas estavam hidratados e nenhum dos internados apresentou sinais de desidratação. 

No entanto, o comandante Eder Sampaio admitiu que faltou água durante um dia inteiro no Centro devido a problemas hidráulicos. Para evitar a desidratação do grupo, no entanto,um reservatório teria sido providenciado. Sampaio disse ainda que todos os homens do Ciampa - cerca de 800 incluindo recrutas e instrutores - foram vacinados contra a Influenza B.

O Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais teve início no dia 8 no Ciampa, com 637 alunos matriculados. Os defensores públicos André Ordacgy e Daniel Macedo revelaram que sete dos 57 recrutas visitados na tarde de segunda-feira reclamaram da falta de água no Ciampa. Os recrutas do Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais foram hospitalizados depois que passaram mal com febre, tosse e coriza.