A concessionária Light informou, por meio de nota divulgada
na noite desta segunda-feira, que o trecho da avenida Nilo Peçanha com a
rua da Assembleia, no centro do Rio de Janeiro, permanecerá fechada e
isolada ao tráfego por causa da presença de gás na rede subterrânea da
concessionária de energia e risco de novos acidentes. No local, quatro
bueiros explodiram esta tarde, deixando três pessoas levemente feridas.
A determinação é dos peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Eles atestaram o perigo de novas explosões e recomendaram que as câmaras subterrâneas da Light permaneçam abertas para possibilitar a dissipação do gás no interior das galerias.
Eles vão retornar ao local nesta terça-feira para finalizar a perícia nas instalações subterrâneas. Somente após a conclusão do trabalho pericial é que as equipes da Light vão poder trabalhar na rede da companhia. Na nota, a concessionária informou, ainda, que o fornecimento de energia permanece normal na região.
ma equipe da Light - formada por assistentes sociais - está acompanhando as duas pessoas feridas levemente após o deslocamento de quatro tampas de caixas subterrâneas na tarde desta segunda-feira.
Explosões simultâneas
Os bueiros da Light explodiram por volta das 16h de hoje e assustaram os pedestres que passavam pelo local. Eles ouviram um estampido forte, seguido por labaredas. De acordo com os bombeiros, que se encontravam no local, três pessoas ficaram feridas e um carro foi danificado durante o incidente. As explosões teriam sido causadas por um problema na galeria subterrânea.
De acordo com testemunhas, as tampas de três dos quatro bueiros voaram a uma altura de 5 m durante as explosões. No sábado, um bueiro da Light na rua Debret, no centro do Rio, soltou fumaça e assustou quem passava pelo local. Bombeiros, funcionários da empresa de energia elétrica e da CET-Rio seguiram para o endereço e o trânsito ficou complicado.
No dia anterior, outro bueiro soltou fumaça na rua México, na esquina com a rua Nilo Peçanha, também no centro. A Light informou que foi detectada a presença de água na galeria, o que provocaria a saída de vapor. Os bombeiros não precisaram ser acionados.
O Ministério Público (MP-RJ) tenta acordo com a Light para garantir a reforma da rede de energia de 4 mil câmaras subterrâneas em dois anos. A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte quer incluir no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) uma penalidade de até R$ 1 milhão a cada nova explosão. A empresa é contra. Para o MP, a Justiça poderá estipular a multa caso a Light se recuse a assinar o TAC.