A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta terça-feira a
prisão preventiva do motoboy José Carlos Barreto dos Santos, 31 anos.
Ele é acusado de asfixiar até a morte com um cinto a ex-companheira
Rosineyde Rodrigues Haiki em um motel em Campo Grande, zona oeste da
cidade, após tê-la agredido com um capacete.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por homicídio duplamente qualificado, fraude processual e pelos crimes de violência contra a mulher previstos na Lei Maria da Penha. De acordo com o juiz, a prisão preventiva é necessária pois o réu demonstra ser muito perigoso. Ele foi identificado através de imagens do circuito interno de segurança do motel.
No dia 25 de maio, o casal entrou de moto no estabelecimento, por volta das 18h, e pediu para alugar um quarto por um período de 12 horas. Próximo às 14h de quinta-feira, depois de tentarem telefonar para os hóspedes repetidamente, os funcionários do motel decidiram entrar no quarto e encontraram Rosyneide com o rosto afundado no travesseiro.
Ainda de acordo com a denúncia, o acusado teria escrito no espelho do quarto do motel frases como "tava me traindo", "polícia não é corno", "polícia não se brinca, ela tava me traindo" e "polícia também mata", com o objetivo de incriminar um PM com quem Rosineyde começara a se relacionar.
Em 30 de maio, o motoboy se apresentou à Divisão de Homicídios (DH) e confessou o crime, quando então fora decretada a prisão temporária. Ele está detido no presídio Ary Franco, em Água Santa.