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Moradores da Tijuca vivem pacificação sem fronteiras

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A chegada das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Borel, Formiga, Turano, Salgueiro, Macacos e Andaraí, na Grande Tijuca, Zona Norte do Rio, não trouxe paz apenas às comunidades. A pacificação nos morros contribuiu para a redução dos índices de criminalidade no asfalto. No segundo semestre do ano passado, a Tijuca das ruas e praças tradicionais começou a recuperar o título de bairro nobre da cidade.

 

Policiais são premiados

A diminuição dos índices de violência, como homicídio doloso, roubo de veículos e assaltos a pedestres, é resultado do trabalho dos 700 policiais do 6° BPM. Na próxima terça-feira (1/3), a tropa será premiada por fazer história ao combater o crime no bairro que já foi considerado um dos mais violentos do Rio. Os policiais receberão uma gratificação no valor de R$ 1.500 por terem cumprido as metas da Secretaria de Segurança.

"A redução mais significativa, 62,2%, foi no roubo de automóveis, um dos crimes mais praticados na região. Os casos de homicídios dolosos caíram 62%, de assaltos, 17,5%, e de latrocínio, 40%. Para estar na lista dos melhores batalhões foi primordial contar com os policiais das UPPs e reforçar o patrulhamento a pé", afirma o tenente- coronel Luiz Octávio Lopes, comandante do 6º BPM.


Imóveis valorizados

"Nasci e cresci na Tijuca. Fui vítima da violência seis vezes. Em um dos assaltos, perdi o carro. Hoje, voltei a me sentir seguro. A tendência é melhorar ainda mais", afirma o estudante Carlos Souto, 28 anos, que mora próximo à comunidade do Turano, que ganhou uma UPP em setembro do ano passado.

"Moro na região há 16 anos e notamos a diferença. Não existem mais tiroteios e assaltos. Os apartamentos estão valorizados. Antes da pacificação, um imóvel com dois quartos custava R$ 170 mil. Hoje, é vendido por R$ 210 mil. Temos até lista de espera", comemora a contadora Maria Angélica Cabral, que mora perto do Borel, comunidade que recebeu a primeira UPP da Grande Tijuca.