José Luiz de Pinho, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - A primeira e única sexta-feira 13 de 2010, que para muitos seria sinônimo de azar, tornou-se motivo de sorte e alegria para a Confraria do Garoto. Nesta sexta-feira, aos pés das escadarias da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, os 13 confrades da insituição fundada há 38 anos receberam a Medalha Pedro Ernesto, a maior comenda do governo do municipal do Rio.
Ao som da banda da confraria e com direito a chuva de pétalas de rosa e tapete vermelho, a medalha foi entregue pelo primeiro-secretário da Câmara, o ator Stephan Nercessian, a Nélson Couto, o Xerife, líder da turma.
Esta medalha veio no dia certo, porque o 13 é um número pesado e o agosto um mês nefando alertou Xerife, 58 anos e que há 30 integra a Confraria. Trouxemos 500 galhos de arruda para benzer a Cinelândia. Já até perdi um celular hoje. Por isso, é preciso sempre cautela numa Sexta-Feira 13, ainda mais em agôsto.
A impressão era de que a confraria promovia um Carnaval fora de época. De maiô, Maria Cristina Pires arrancou suspiros dos homens ao receber a faixa de Miss Sexta-Feira 13.
A festa teve o embalo da Banda de Ipanema, além da ginga de passistas e da bateria da Escola de Samba União da Ilha do Governador.
O evento teve duração de cerca de três horas e atraiu a atenção de mais de mil pessoas, que davam uma paradinha na Cinelândia para curtir a música, as passistas e a miss.
Confraria faz protesto
O único senão da festa foi o protesto da Confraria contra o canteiro construído na Avenida 13 de Maio, ao lado do Teatro Municipal, antigo local de suas manifestações.
Roubaram nosso espaço. Foi uma obra indevida, e a culpa é dos governos municipal, estadual e da União criticou Nélson Couto. Acabaram com a Avenida 13 de Maio, que ficou descaracterizada.