Portal Terra
RIO - O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou nesta quinta-feira que há uma sindicância para apurar o atendimento à menina de 5 anos que foi internada no Hospital Rio Mar, no Rio de Janeiro, com sinais de maus-tratos. Segundo a polícia, ela foi liberada por um estudante de Medicina que usava o nome e o registro de um médico para fazer plantões no local.
De acordo com nota do conselho, também "será apurada a responsabilidade da direção técnica do hospital na contratação de uma pessoa não habilitada para a função de médico". O Cremerj citou o Código de Ética Médica para afirmar que o diretor técnico da unidade é o responsável por verificar a regularidade do registro dos médicos a serem contratados.
"O Cremerj faz um apelo aos diretores de unidades de saúde para que tratem com o maior rigor a contratação de médicos. Além de exigir a apresentação da Carteira de Identidade Médica, que é um documento com foto, eles podem e devem solicitar a Certidão de Regularidade do registro médico", diz a nota.
Na quarta-feira, o homem apontado como falso médico depoimento na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) e apresentou um comprovante de pagamento da renovação de matrícula para o 5º período do curso na Unigranrio, em Duque de Caxias. Alex Sandro da Cunha Souza, 34 anos, disse que foi contratado por uma médica que teria uma clínica que prestava serviços ao Rio Mar.
Segundo a polícia, Souza afirmou que a mulher forneceu a documentação e o carimbo com nome e a inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) do médico André Lins de Almeida, que já prestou depoimento. A médica também já foi ouvida, mas negou conhecer o estudante. Souza, entretanto, foi localizado por meio de telefonemas trocados com a mulher.
De acordo com a rádio CBN, ele foi indiciado pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento público, exercício ilegal da medicina e tráfico de drogas. A menina supostamente atendida por ele teria sido vítima de maus-tratos. O pai, um advogado, é suspeito de ser o autor das agressões.