Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - Moradores da Ilha do Governador fazem protesto no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim também chamado de Galeão - contra o projeto do terminal pesqueiro que o Ministério da Pesca e Aquicultura quer implantar no bairro. De acordo com os moradores que criaram o movimento Na Ilha Não , o terminal pode aumentar o número de aves no local, trazendo um risco para os voos do aeroporto.
Segundo Sérgio Ricardo, ambientalista e um dos integrantes do movimento, os moradores não são contra o projeto do terminal pesqueiro, desde que não seja no bairro. O que estamos alertando é que o terminal pesqueiro é importante para o Rio, mas não na Ilha, pois o local onde eles querem instalá-lo é um bairro residencial e não industrial. Além disso, é um cone de aproximação entre o Galeão e do Santos Dumont. Com isso, instalar esse terminal vai atrair mais aves, o que vai aumentar o risco de um acidente aéreo.
O Ministério da Pesca, que vai investir cerca de R$ 40 milhões na construção do terminal, informou que todos os estudos foram realizados na área e que não haverá risco algum para as aeronaves que usam o Galeão. De acordo com o ministério, não há hipótese de aumento do número de aves no local, porque o transporte do pescado será feito em material lacrado e não será feita retirada das vísceras de peixe.
O projeto está sendo avaliado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que aguarda parecer do Ministério da Pesca sobre o enquadramento de zoneamento municipal do bairro. O processo de avaliação só poderá ser concluído depois que o parecer for emitido.
Atualmente o desembarque de pescado no Rio é feito em grande parte na Ilha da Conceição, em Niterói, região metropolitana da cidade.
Edição: João Carlos Rodrigues