Portal Terra
SÃO PAULO - Um motociclista de 56 anos teve o pescoço cortado por uma linha com cerol (cola e vidro moído) quando passava pelo quilômetro 103 da Rodovia Anhanguera, no final da tarde de domingo, em Campinas. Ele foi atendido no pronto socorro da Vila Padre Anchieta, liberado e passa bem. A linha com cerol é usada para soltar pipa.
De acordo com a Defesa Civil de Campinas, no mês de julho, período de férias, o número de casos de acidentes com linha com cerol entre motociclistas, ciclistas e até pedestres, aumenta. É comum o material ser abandonado ao se enroscar em galhos de árvores e poste de iluminação. Outro risco é o de atropelamentos dos praticantes da brincadeira em vias públicas.
O contato do cerol na fiação elétrica pode provocar também choque elétrico, causando mortes, e também pode causar desligamentos no fornecimento de energia. Nas férias de verão, entre janeiro e fevereiro deste ano, a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) registrou 415 pontos de interrupção de energia elétrica por causa de pipas presas em linhas de transmissão.
Em Campinas há uma legislação municipal desde 2001 que coíbe a comercialização e o uso de cerol. Conforme a lei, o infrator pode ter o material apreendido além de ser cobrada uma multa de até R$ 110. Com a reincidência o valor dobra. Caso o infrator seja menor de idade, a multa será cobrada dos pais ou responsáveis.