Jornal do Brasil
RIO - O comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, demonstraram muita emoção durante o enterro do cabo do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) Ênio Roberto Santos Santiago, 38 anos, sepultado domingo às 11h no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (Zona Oeste do Rio). O cabo foi baleado no ombro e na nuca ao tentar impedir um assalto na manhã da última sexta-feira, na Tijuca (Zona Norte). Ele morreu na tarde de sábado.
Familiares, amigos e colegas da polícia participaram do enterro, que foi realizado com honras militares. O casal que teve o carro roubado telefonou e transmitiu votos de pesar ao tenente-coronel Alberto Pinheiro Neto, assessor especial do Comando-Geral, ex-comandante do Bope. Ênio era seu motorista.
Os dois policiais chegavam à escola Santa Teresa de Jesus, na Tijuca, e viram um homem mandando o casal descer do carro sob a mira de uma arma. Quando o cabo interveio, atirando no marginal, foi atingido por um outro homem que dava cobertura ao assalto e não havia sido notado pelos militares.
Operações
Na sede do Bope, foi divulgado o balanço das incursões realizadas no sábado em morros de Santa Teresa e Rio Comprido, na tentativa de prender o assassino do cabo Santiago. Três homens foram presos na operação realizada nos morros da Fallet e Fogueteiro. Os três tinham passagem pela polícia e serão autuados por associação ao tráfico. Duas metralhadoras, dois fuzis, drogas e carregadores foram apreendidos num paiol no alto do Morro da Fallet. Um homem e uma mulher foram baleados.
Um ônibus da linha 201 (Santa Alexandrina-Praça Quinze), da empresa Alpha, foi incendiado no sábado, por volta das 18h, na Rua Itaperu, perto do número 811, no Rio Comprido. Testemunhas disseram que sete homens encapuzados entraram no coletivo e mandaram os passageiros descerem antes de atear fogo. Teria sido uma retaliação à operação do Bope na Fallet.