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Promotor pede nova investigação sobre morte de menina austríaca

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Portal Terra

RIO - O promotor de Justiça da Vara Criminal de Santa Cruz (Zona Oeste do Rio), Luiz Antônio Ayres, devolveu à polícia o inquérito que indiciou a tia e a prima da menina austríaca Sophie, 4 anos, que morreu em 19 de junho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele pediu novas investigações, entre elas, um estudo psicológico com R., 12 anos, irmão da vítima, e um novo parecer do IML.

A tia de Sophie, Geovana dos Santos, foi indiciada por crime de tortura com resultado morte junto com sua filha Lílian dos Santos. A mãe das crianças, Maristela dos Santos, que trouxe os filhos para o Brasil sem a concordância do pai, tem problemas psiquiátricos e está internada. O austríaco Sascha Zanger lutava pela guarda de Sophie e do irmão.

O inquérito deve permanecer por mais 15 dias na 36º Delegacia de Polícia (Santa Cruz). De acordo com informações do Ministério Público Estadual, o estudo psicológico com R. foi solicitado para verificar se ele estaria sofrendo a influência de terceiros na versão que contou aos policiais. O irmão da menina chegou a afirmar que ele próprio a tinha agredido e depois afirmou que a irmã, por estar muito debilitada, caiu e bateu com a cabeça no banheiro.

Ao IML, o promotor solicitou esclarecimento em relação às datas aproximadas das lesões encontradas no corpo da vítima. O objetivo é apurar o possível nexo entre as agressões sofridas por Sophie e o resultado de morte. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a causa da morte foi traumatismo craniano, provavelmente causado por uma queda, e constatou também que a menina tinha várias lesões antigas no corpo, causadas por maus-tratos.

O pai das crianças alega que informou várias vezes à Justiça que seus filhos estavam desnutridos e estressados. Zanger afirma que o juiz da 27ª Vara Federal, José Carlos Zebulum jamais o recebeu para uma audiência e anunciou que vai prestar queixa na Corregedoria do Tribunal Regional Federal contra o magistrado.