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Batalhão da Tijuca terá 'recuperação operacional'

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Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - No 6º BPM (Tijuca), o Observatório de Análise Criminal tornou-se parte um programa de recuperação operacional do batalhão. O tenente-coronel Fernando Príncipe, que assumiu o comando do batalhão há menos de um mês, aproveita os dados para implementar uma nova política de metas junto aos seus soldados, com direito a inclui-los até na escolinha do policiamento ostensivo .

Príncipe afirma que está estudando os pontos fortes e fracos do batalhão para implementar seu programa. O objetivo é fazer com que os soldados sejam avaliados por metas. Os policiais com baixo rendimento que não tenham registrado flagrantes em determinadas áreas com grande incidência, por exemplo farão parte de um curso de reciclagem no próprio batalhão.

Está tudo formatado, mas antes estou colhendo dados e observando rendimentos para que possamos fundamentar nossas decisões contou. Isso virá junto de melhorias nas condições internas do batalhão, do rancho, para que o policial perceba que as cobranças vêm junto de melhorias.

A importância do Observatório, segundo tenente-coronel Príncipe, é evidenciada pelo atual efetivo do batalhão. Uma antiga previsão da corporação estimava que, para a região, seriam necessários 1.187 soldados, enquanto o batalhão conta hoje com apenas 624. O comandante afirmou que vem estudando os dados da região e a rotina do batalhão antes de implementar o programa de recuperação operacional, que poderá acontecer ainda neste mês.

A deficiência no efetivo nos mostra a importância da operacionalidade e da tecnologia para agilizar o processo contou Príncipe. Dependendo do horário de certas ocorrências, podemos concentrar o ostensividade e compensar os espaços antes ocupados pela criminalidade.

Resistência

Príncipe não descarta que as mudanças repentinas no policiamento ostensivo, permitidas pelo Observatório, poderão causar certa resistência entre os soldados.

É uma situação possível porque o policial pode não ver que é uma medida eficiente admitiu. Daí a importância de incluirmos a ferramenta dentro de uma nova concepção de operacionalidade. Teremos que orientá-los e inseri-los no processo para que entendam a eficácia de mudanças como as que o Observatório permite.