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'Xerife' fecha casa noturna clandestina no Humaitá

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João Paulo Aquino, JB Online

RIO - As ações contra a desordem na noite do Rio tiveram mais um capítulo ontem. Depois de o JB mostrar, na edição desta sexta-feira, que a Secretaria de Estado de Segurança Pública vem combatendo irregularidades em casas noturnas na cidade, principalmente na Lapa, a Secretaria Municipal Especial de Ordem Pública (Seop) fechou uma boate clandestina no Humaitá, na Zona Sul da cidade. O próprio secretário Rodrigo Bethlem comandou a operação após receber denúncias de moradores e um convite, via e-mail, para o aniversário de um ano do estabelecimento, conhecido como Show Bar.

O secretário, acompanhado de fiscais e técnicos, verificou que o estabelecimento não possuia alvará de funcionamento, além de não atender as normas básicas de segurança.

Pelo o que estamos vendo aqui, a boate funciona com as normas de segurança completamente deturpadas afirmou o secretário ao ver vãos na fachada do local, onde teriam janelas, fechados por tijolos.

Segundo Bethem, a casa noturna já tinha sido notificada e multada. Moradores da região denunciam o local há um ano, porém os proprietários não respeitam as notificações. A boate foi lacrada e fica impedida de funcionar até que seja feita a regularização.

Não tem um extintor de incêndio, uma saída de emergência, não tem nada atestou Bethlem.

Vai ter que cumprir as normas técnicas, as regras de segurança, retirar o alvará, ver o que é possível, do ponto de vista do zoneamento da região, o que ela pode ter aqui funcionando.

Bethlem afirmou que se houver insistência do proprietário em manter o lugar funcionando, o caso passaria a ser tratado como crime de desobediência, passível de prisão.

A proprietária, identificada como Daniela, comprou o ponto de uma terceita pessoa. O estabelecimento já tinha sido multado e notificado na gestão do dono anterior. O auto de infração destinado à propretária foi uma multa de R$ 485.

O mais importante aqui não é a multa, o mais importante é não permitir que um estabelecimento sem nenhuma condições de segurança para o usuário funcione dessa forma, essa é nossa maior preocupação no momento.

A proprietária de um prédio na região informou que a casa noturna funcionava de quinta a domingo. Segundo ela, brigas eram frequentes e os espaços onde tinham janelas foram fechados por lajotas porque uma vitrô de blindex teria sido quebrado durante uma confusão. A festas, com som muito alto, começavam ao meio dia e atravessavam a madrugada.

Um bar em frente também foi vistoriado pelo secretário e sua equipe, porém nenhuma irregularidade foi constatada. Para não permitir o funcionamento da casa, uma equipe de ronda da operação Botabacana foi destinada para circular pela rua durante a madrugada.

Expansão de favelas

Pela manhã, o secretário sobrevoou de helicóptero comunidades da Zona Sul. O plano é identificar os locais que crescem de forma irregular e atuar em parceria com as secretarias de Urbanização e Meio Ambiente.

Vamos proceder com as demolições administrativas. Os imóveis construídos e que apresentem riscos para as pessoas serão demolidos garantiu Bethlem.