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Cidade da Música tira verba de saneamento básico

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Jornal do Brasil

RIO - De acordo com o Diário Oficial do dia 5, haverá mais de R$ 3 milhões destinados à missão municipal de fazer funcionar de fato a Cidade da Música. Cerca de R$ 518,6 milhões foram já consumidos na obra faraônica na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. E esta também vai contar com verba suplementar desviada de diversos programas de governo iluminação pública, saneamento básico, pesquisa e desenvolvimento de projetos de drenagem urbana, manutenção do sistema de bacias hidrográficas, apoio administrativo e até mesmo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O destinatário desses recursos é o Riocentro S.A., Centro de Feiras, Exposições e Congressos do Rio de Janeiro, que cuida da Cidade da Música.

Falta de transparência

O prefeito eleito Eduardo Paes já aventou a hipótese de vir a promover uma auditoria nas contas da obra. Ele reclama de falta de transparência na prestação de contas. No caso dos recursos liberados para o Riocentro, os decretos 30205 e 30206 liberam créditos suplementares de R$ 1,250 milhão e de R$ 1,811 milhão, respectivamente.

Não estão incluídos nos

R$ 518,8 milhões já gastos na obra, mas já houve a contratação pela Fundação Parques e Jardins da empresa Ponta do Céu para o serviço de paisagismo na Cidade da Música. A fundação destinou à empresa

R$ 451.449 neste ano, dos 2,8 milhões pagos ao todo por diferentes órgãos da prefeitura à empresa privada.

A despeito de toda a polêmica em torno da obra faraônica do prefeito Cesar Maia, o convite para a abertura oficial da Cidade da Música, na Barra, está pronto. Só a festa de inauguração, com atrações de música erudita nacionais e internacionais, consumirão R$ 1,759 milhão dos R$ 518 milhões estimados até agora. Mas essa conta deve ainda aumentar de valor.

Ao todo a inauguração envolverá gastos de R$ 3,507 milhões. Destes, houve pagamento efetivo de R$ 1 milhão. O restante consta como liqüidado, mas não pago.