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Lula promete ajudar Paes e manda Dilma ao Rio

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Karla Correia, JB Online

BRASÍLIA - Vitorioso na corrida pela prefeitura com apoio expresso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a quem pediu desculpas por tê-lo chamado de "chefe de quadrilha", o prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB) saiu na quarta-feira de seu primeiro encontro com Lula depois das eleições com a promessa de uma série de investimentos em infra-estrutura na capital fluminense entre os quais, a revitalização da Zona Portuária.

Ao lado do governador Sérgio Cabral (PMDB), Paes entoou o discurso de maior interlocução entre a prefeitura e os governos estadual e federal e agradeceu ao presidente pelo apoio à sua campanha.

Vamos desfazer o isolamento político que a cidade viveu nos últimos 20 anos disse Paes, que se esquivou de responder sobre as críticas tecidas contra o presidente e sua família em 2005, quando era membro da CPI dos Correios, que investigou o mensalão. Para Paes, a hora é de "olhar para frente".

Acho que o Rio nunca contou com um presidente tão apaixonado pela cidade quanto o presidente Lula. Vamos construir uma parceria sólida com o governo federal ao longo dos próximos quatro anos.

Segundo o relato do novo prefeito, o presidente Lula teria apoiado as linhas gerais de um projeto de revitalização da Zona Portuária e se comprometeu a enviar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Rio de Janeiro na próxima semana para iniciar as negociações sobre a modelagem definitiva do projeto. De acordo com Paes, seria constituída uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) entre a União, o Estado e a prefeitura, com a participação da iniciativa privada, para viabilizar a implementação do projeto, que mira na candidatura da cidade para as Olimpíadas de 2016.

Em sua romaria por Brasília, Paes ainda foi ao Congresso para agradecer a bancada carioca do PMDB pelo apoio durante a campanha e tomar conhecimento sobre possíveis emendas ao Orçamento Geral da União beneficiando o Rio.

O prefeito eleito tem interesse especial em conseguir recursos para a construção da Linha 4 do metrô, ligando a Barra à Zona Sul, a extensão da Via Light, unindo a Baixada Fluminense ao bairro de Madureira "o coração do subúrbio carioca", nas palavras de Paes e a implementação de um PAC para o Complexo da Penha, nos moldes do plano de urbanização do governo federal para o Complexo do Alemão e a favela da Rocinha incluído no chamado "PAC das favelas".

Congresso em campanha

Durante o périplo pelo Congresso, o governador Sérgio Cabral defendeu uma solução apaziguadora entre PT e PMDB na disputa pelo comando das duas Casas do Legislativo. Lado a lado com Eduardo Paes, Cabral declarou seu apoio à candidatura do deputado e presidente do PMDB, Michel Temer (SP), à presidência da Câmara.

Vamos chegar a um denominador comum disse Cabral, que defendeu a manutenção da aliança das duas legendas para a sucessão presidencial, em 2010.

Chega de arrivismo no Congresso. Já enfrentamos o arrivismo no Executivo e terminamos com o impeachment de um presidente. Já tivemos arrivismo na Câmara e tivemos o presidente da Casa afastado. É o Brasil, hoje, quem mais se beneficia da união entre PT e PMDB e vamos trabalhar para manter essa união.