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Pontos de táxis serão reorganizados

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Felipe Sáles, Jornal do Brasil

RIO - A bandalha nas ruas da cidade vem promovendo o loteamento de vagas por taxistas que se unem em cooperativas e inauguram pontos de táxi em várias ruas do Rio. Só em Laranjeiras, num espaço de cerca de 50 metros, dois novos pontos de táxi foram impostos pelos motoristas.

Diante do crescente problema, a Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) está concluindo um estudo para reordenar todos os pontos da cidade. Hoje, agentes da CET-Rio órgão ligado à SMTU farão uma operação em Laranjeiras para combater as novas paradas que surgiram no bairro.

Ao lado das Casas Casadas, na esquina das ruas Leite Leal com Laranjeiras, um ponto de táxi funciona clandestinamente há pelo menos três anos, com direito inclusive a adesivos alusivos ao centro cultural.

Na maioria das vezes, porém, o local se transforma numa extensão de táxis da Cooperativa Laranjeiras, cuja base fica na Estelista Lins, esquina com Rua das Laranjeiras.

Segundo a SMTU, tanto o ponto das Casas Casadas quanto da Praça Maria Portugal, em frente à Rua Alice, já foram multados sucessivas vezes. Na Praça Maria Portugal, a ousadia é tanta que os taxistas instalaram até um guarda-sol com direito a um número de telefone que, porém, não funciona. Até cones de trânsito foram colocados para reservar as vagas aos táxis.

A SMTU prometeu fazer hoje uma inspeção no local. Cada taxista flagrado em pontos clandestinos é multado em R$ 114,18.

Oficialmente, só oito pontos

O bairro de Laranjeiras tem oficialmente apenas oito pontos de táxi, num total de 41 vagas.

Diante do crescente problema, a SMTU requisitou às Coordenadorias Regionais de Trânsito um levantamento com todos os pontos de táxi que vêm funcionando na cidade, com ou sem autorização. O estudo, que está prestes a ser finalizado, busca reordenar o espaço urbano da cidade.

A partir dessa depuração, vamos estudar os pontos que serão subtraídos e decidir as necessidades de novas autorizações explicou o coordenador regional de Trânsito da Zona Sul, Marcos Schweizer. Sabemos que, em alguns casos, os táxis usam até a denominação do ponto clandestino.

O presidente do Sindicato das Cooperativas de Táxi, Nilton Cruz, criticou o foco da prefeitura e pediu menos burocracia para autorizar os pontos.

A profusão de pontos de táxi pode até atrapalhar o tráfego, mas o transporte clandestino atrapalha muito mais defendeu Cruz. Os taxistas procuram se organizar, mas a burocracia atrapalha muito.