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Efetivo de Força Nacional no Rio deve chegar a mil para o PAC

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REUTERS

RIO - O governo federal deve aumentar para mil homens o efetivo da Força Nacional de Segurança no Rio de Janeiro, para auxiliar a polícia na segurança das obras do Programa de Aceleração do Crescimento em três favelas, afirmou o secretário nacional de Segurança Pública nesta segunda-feira.

Antônio Carlos Biscaia disse à Reuters que o governo estadual havia solicitado um efetivo maior, mas que não será possível porque a FNS também está envolvida em operações em outros Estados.

-O governo do Estado quer mais gente, de 1.200 para cima, mas a Força Nacional está atuando em outras frentes, como no entorno de Brasília e nos conflitos do Pará-, disse Biscaia, ao participar do lançamento do livro 'Falcão, Mulheres e o Tráfico', no presídio feminino Talavera Bruce, em Bangu, zona oeste do Rio.

Segundo o secretário, 600 homens da Força permanecem na cidade desde os Jogos Pan-Americanos, em julho do ano passado, dos quase 6.000 que ajudaram na segurança do evento. O secretário informou ainda que os detalhes para o envio dos 400 homens adicionais estão sendo definidos com a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Os novos homens da FNS atuariam na proteção das obras do PAC nas favelas de Manguinhos, Rocinha e no Complexo do Alemão, onde a polícia acredita que traficantes estariam interferindo na seleção de operários para as construções. Além disso, a polícia identificou uma fuga dos traficantes das favelas onde haverá obras do PAC para outras comunidades.

O Ministro da Justiça, Tarso Genro, que também estava no presídio no Rio, afirmou que o governo federal vai ajudar o Estado a combater essa situação.

-A responsabilidade pela segurança pública é dos Estados... o que o governo federal dá e sustentação de material, de pessoal. O que posso dizer, é que o governo estadual está preocupado com isso e vai receber apoio do governo federal para que o serviço seja bem feito-, disse a jornalistas.

Segundo Tarso Genro, a União vai liberar 55 milhões de reais para viabilizar o envio de tropas da FNS ao Rio de Janeiro e para reaparelhar a polícia do Estado.

-Esses recurso já estão disponíveis, temos que aguardar agora a votação do orçamento (da União) que acontece dia 28. À medida que o orçamento for votado, o recurso será drenado-, acrescentou o ministro.