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Obras de urbanização em favelas do Rio começam em março

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JB Online

RIO - As obras de urbanização em favelas do Rio já têm data para começar. A abertura dos envelopes de preços pela comissão de licitação da Secretaria de Obras, esta manhã, definiu os consórcios que estarão responsáveis pelas intervenções na Rocinha e nos complexos de Manguinhos e Alemão. A expectativa do subsecretário executivo de Obras e presidente da comissão, Hudson Braga, é de que os contratos sejam assinados antes do dia 15 de fevereiro.

As obras da Rocinha serão executadas pelo Consórcio Novos Tempos, formado pelas empresas Queiróz Galvão, Caenge e Carioca, no valor global de R$ 175,6 milhões. O projeto de Manguinhos coube ao consórcio que engloba as empreiteiras Andrade Gutierrez, EIT e Camter, no valor de R$ 232 milhões; enquanto as intervenções do Alemão, num valor de R$ 493,3 milhões, estarão a cargo do Consórcio Rio Melhor, formado pela Norberto Odebrecht, OAS e Delta.

- Foi uma grande vitória para o Rio de Janeiro e para essas comunidades, que esperam por obras há décadas. Vamos, inclusive, convidar o presidente Lula para participar dessa grande festa que será o início das obras nas comunidades frisou Hudson Braga.

Os principais pontos dos três projetos são saneamento básico e acessibilidade. A expectativa do governo é levar rede de distribuição de água e coleta de esgoto a todos os pontos das comunidades, assim como abrir ruas, permitindo que os serviços como ambulância e coleta de lixo cheguem a todas as regiões. Hoje, segundo o subsecretário, existem locais onde não há possibilidade de receber sequer uma motocicleta.

No caso do Alemão, o projeto do teleférico tem sido apontado como um dos pontos de grande importância para a comunidade. Baseado em um projeto colombiano, visitado por técnicos fluminenses na cidade de Medelín, o teleférico estará integrado à estação ferroviária de Bonsucesso e o trajeto até à parte mais alta do morro durará 19 minutos. Da mesma forma, vielas serão transformadas em ruas, para garantir a chegada de serviços à população e novas unidades habitacionais serão construídas, a fim de atender os moradores de áreas de risco, ou que estejam na reta das intervenções. O Estado construirá também o Parque da Serra da Misericórdia, com cerca de 300 hectares, em uma área que hoje se encontra degradada.

Além do teleférico do Alemão, outro projeto que tem chamado a atenção é o da criação do Parque Metropolitano, com a elevação da linha férrea em Manguinhos. A linha, que funciona hoje como um limitador da comunidade, será modernizada, com a construção de um terminal intermodal e a instalação de vários quiosques de serviços públicos na região, a construção de uma escola de ensino médio e uma área esportiva com três quadras, dois campos de futebol society e um campo de futebol.

O projeto da Rocinha, escolhido em um concurso nacional, ganhou um reforço de peso com o projeto da passarela sobre a auto-estrada Lagoa-Barra. O arquiteto Oscar Niemeyer deu de presente à comunidade um projeto que lembra o arco da Apoteose, na Passarela do Samba, que irá se integrar a um moderno centro esportivo, no terreno ao lado do Ciep Ayrton Senna, e aos novos conjuntos habitacionais que serão construídos na parte baixa da favela.

- São projetos de grande envergadura que darão ao Rio de Janeiro grande visibilidade e resgatarão a cidadania de milhares de famílias. Tenho certeza de que essas serão as primeiras obras de uma série que vamos implementar nas nossas comunidades concluiu Pezão.