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CPI de mortes de policiais aprova relatório e sugestões para segurança

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Agência JB

RIO - A criação de um núcleo, dentro da Defensoria Pública, para a defesa de policiais; concessão de carta de crédito para policiais que residem em áreas de risco; aposentaria em 30 anos de serviço; elaboração de um fundo específico para os institutos de polícia técnica e científica, e repasse da emissão de carteiras de identidade para o Instituto Félix Pacheco (IFP). Estas foram as sugestões apresentadas pelo deputado Álvaro Lins (PMDB), durante a reunião para votação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que Apura a Morte de Policiais. As medidas serão apresentadas como indicações legislativas.

Durante a reunião, o presidente da comissão, deputado Coronel Jairo (PSC), ressaltou que a CPI objetivou não apenas apurar as mortes de policiais, mas também buscar soluções. - Nosso papel também foi oferecer idéias que melhorem a segurança no estado evitando a morte de outros policiais", afirmou o parlamentar.

O relator da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), que não pôde comparecer à reunião, disse no relatório que a morte de um policial em serviço mostra a desmoralização do poder público. - Se a ação dos criminosos já ultrapassou todos os limites é porque a desmoralização dos governantes é também muito grande, afirmou. Ele ressaltou, ainda, que a perda de homens da Polícia Militar, no período de quatro anos, por morte ou incapacidade definitiva por arma de fogo, corresponde a quatro batalhões médios, de 800 homens.

Como sugestões apresentadas no relatório, a comissão apontou, por exemplo, o aparelhamento das polícias, uma melhor formação dos policiais, o direcionamento das polícias Militar e Civil para suas respectivas finalidades e melhores condições de vida para os profissionais da segurança pública.

O documento destaca também a urgência da promoção da paz social e da segurança da população, e dos policiais. O deputado Wagner Montes (PDT) lembrou que, sem investimentos efetivos e permanentes na educação e na saúde, os resultados buscados jamais serão alcançados. Ele ressaltou ainda a importância de fiscalizar as fronteiras do estado, a fim de dificultar a entrada no estado de drogas que são mais produzidas, segundo ele, no Nordeste do País.