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Amigos de ex-guerrilheiro italiano pedem ajuda a Gabeira

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Agência ANSA

RIO - A assessoria do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) afirmou nesta segunda-feira que conhecidos do ex-guerrilheiro italiano Cesare Battisti e membros do Partido Verde brasileiro lhe pediram para tentar impedir sua extradição à Itália.

Battisti, de 52 anos e ex-militante do grupo Proletários Armados para o Comunismo, foi preso em Copacabana neste domingo e levado à sede da Polícia Federal, no centro do Rio. A ANSA constatou que ele estava detido, mas até esta manhã nem a Polícia Federal nem a Interpol haviam sinalizado com a possibilidade da imprensa falar com ele.

Gabeira antecipou que quer se reunir com representantes dos ministérios brasileiros da Justiça e das Relações Exteriores, além de colegas da Câmara dos Deputados, para "analisar o que se pode fazer para que não se cometa uma injustiça com Battisti".

Fontes parlamentares brasileiras disseram à ANSA que "existe a possibilidade de Battisti ser transferido imediatamente para Brasília".

Ele foi condenado à prisão perpétua na Itália em 1993, acusado de quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, e conseguiu asilo político na França. No entanto, antes que seu prazo de asilo vencesse, Battisti fugiu e viajou para o Brasil, onde vivia desde 2004.

O Comitato di Aiuto ai Rifugiati Politici (Comitê de Ajuda de Refugiados Políticos), divulgou no domingo um comunicado à ANSA. Seu presidente, Arduino Monti, afirma no texto que "como sempre, o problema é a incapacidade da Justiça italiana para resolver, de modo político, os problemas dos anos 1970".

- Em outros países houve anistia para os casos desse tipo, ocorridos há mais de 30 anos. A incapacidade da Justiça italiana de fazer justiça que vá além das partes envolvidas e não atuar como mera vingança, demonstra uma vez mais sua falta de vontade política de obter uma solução para fatos que ocorreram há mais de 30 anos - diz o texto.