Luisa Belchior, Agência JB
RIO - Apesar do mar forte, com ondas de até dois metros, as praias da Barra, Recreio e região tiveram, neste carnaval, menos ocorrências de afogamentos do que nos dias de folia no ano passado: foram 677 casos de sexta-feira até o início da tarde de ontem, contra 934 no mesmo período do ano passado. Já nos acidentes fora das praias, os bombeiros registraram 100 casos na Zona Oeste, entre colisões de veículos, atropelamentos, princípios de incêndio em prédios e em vegetações.
Na manhã de ontem, com o mar mais calmo, o 2º G-Mar realizou 34 salvamentos, o número mais baixo de ocorrências no período desde o início do carnaval. Na terça-feira, foram 327 registros na região. Os guarda-vidas receberam 90 chamados na segunda-feira, 144 no domingo, 82 no sábado e 18 na sexta-feira.
Nos acidentes ocorridos no asfalto, porém, o dia foi mais agitado: duas das ocorrências mais graves do carnaval aconteceram entre a madrugada e a manhã de ontem. A primeiro deles aconteceu por volta das 4h, na Cidade de Deus, onde dois policiais militares do 18º Batalhão de Polícia Militar (Jacarepaguá) foram baleados em troca de tiros com traficantes da favela. Quando pararam um Peugeot na Avenida Edgard Werneck, o capitão Augusto Eduardo Morfina Valentim e o soldado Alexandre dos Santos Oliveira, que faziam ronda no local, foram atingidos no rosto por tiros de fuzil disparados por homens não identificados dentro do veículo.
Os policiais foram levados para o Hospital Lourenço Jorge e depois transferidos para o Hospital Central da Polícia Militar, onde continuvam internados até o fim da tarde.
Também na madrugada, pouco depois das 5h, Beatriz Daniela dos Santos, 20 anos, foi atropelada por um veículo não identificado quando atravessava a Avenida da Lagoa, na Gardênia Azul. Embora lúcida, Beatriz ficou bastante ferida e foi levada para o Lourenço Jorge.