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Witzel e Paes trocam farpas em debate a seis dias do segundo turno da eleição

José Lucena/AE -
Eduardo Paes e Wilson Witzel participam de debate
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Mais troca de farpas do que apresentação de propostas. Foi como se caracterizou o debate realizado na manhã desta segunda(22) entre os candidatos que disputam o segundo turno das eleições para o Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM)  debateram por pouco mais de 1 hora, com transmissão ao vivo do site G1 e da rádio CBN. O programa teve cinco blocos, incluindo um de considerações finais. Em dois  blocos, eles responderam a questões dos jornalistas . Em outro, foram questionados por leitores/ouvintes . 

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Eduardo Paes e Wilson Witzel participam de debate (Foto: José Lucena/AE)

O bloco mais acalorado foi o de perguntas diretas entre os candidatos, com cada um deles controlando o próprio tempo. Neste momento do debate, a troca de farpas entre Paes e Witzel ficou bastante acentuada, sempre cada um deles mostrando preocupação em desconstruir a imagem do adversário.

O candidato do DEM chegou a chamar Witzel de "juiz sem ética",por ter recebido auxílio-moradia mesmo tendo casa própria. Paes ainda disse o candidato do PSC deixou de pagar iptu de imóveis que possui no Rio de Janeiro e ainda lembrou que Witzel teria deixado o  Espirito Santo  depois que foi ameaçado por bandidos que investigava.

Já Witzel insistiu em relacionar Eduardo Paes ao esquema político do ex-governador Sergio Cabral, preso e condenado pela Operação Lava Jato. Como exemplo lembrou que Alexandre Pinto é réu confesso em processos que investigam obras da prefeitura no período em que foi Secretário de Obras, entre 2010 e 2016, na gestão de Eduardo Paes como prefeito do Rio.

Ele foi condenado a 23 anos de prisão e  , lembrou Witzel , em depoimento teria envolvido Paes em irregularidades. O ex-prefeito reiterou que a citação do nome dele no depoimento de Pinto foi na base do "ouvi dizer", sem nenhum dado concreto.

"Deixei de ter foro privilegiado e não sou réu em nenhum processo criminal" , declarou Paes enfaticamente, em um dos vários momentos em que Witzel tentou associá-lo a crimes de corrupção praticados por políticos do MDB, ex-partido do atual candidato pelo DEM.

 O ex-prefeito partiu para o ataque  ao vincular Wilson Witzel ao advogado Luiz Carlos Cavalcanti Azenha, condenado por ajudar na fuga do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Recentemente foram divulgadas fotos dos dois e troca de mensagens entre os dois pelo WhatsApp. Numa delas, Witzel diz: "Você me representa"..

Witzel disse que mantem com Azenha "relação de professor e ex-aluno". Afirmou que tem "mais de cinco mil ex-alunos " e que o advogado de Nem "não tem participação" na campanha dele. Azenha é filiado ao PSC.

Segurança

As divergências entre os dois também se manifestaram na apresentação de propostas. Ao falar sobre segurança Pública, o candidato do Dem ao governo estadual abordou o aumento da criminalidade em cidades como  Angra, Paraty, Cabo Frio, Barra Mansa e  Volta Redonda.

Paes declarou: "Quando você olha para a situação de São Gonçalo e olha para o número de policiais que tem lá, é um absurdo. Quando você olha para a situação dos batalhões da Baixada e olha para o numero de policiais que tem lá, é um absurdo".

Segundo ele, tem que " ter mais polícia. Uma questão é aumentar efetivo do policiamento ostensivo para impedir que essa criminalidade absurda possa prosperar em todo o Estado como vem acontecendo".

Já Witzel disse que não adianta colocar mais policial na rua. Segundo ele, "essa violência que está ocorrendo no interior é em decorrência da falência da investigação pela polícia que está sucateada.

Ele prometeu "dar independência aos delegados e aos policiais civis. Nenhum político vai mexer com eles. Vão poder investigar quem quer que seja. Político envolvidos com milícia, com traficante, isso no governo vai acabar." Em outro momento do debate, ele ainda declarou : "Vamos abater quem estiver de fuzil".

Considerações Finais.

Na parte final de debate, Paes fez referência  ao atual Prefeito Marcelo Crivella, que segundo ele "vota no Witzel", ao declarar que em 2016 " a cidade arriscou ao escolher um politico sem experiencia e preparo para enfrentar a difícil situação econômica vivida pelo Pais".

"A cidade do Rio está sentindo isso na pele: a queda dos serviços, a perda de capacidade da prefeitura de fazer as coisas. O estado está numa situação muito crítica, mas sempre pode ficar pior ", declarou ao se dizer mais preparado e pedir votos nos próximo domingo(28).

Já Witzel  acusou Paes de tentar encobrir a verdade sobre a situação financeira da cidade do Rio de Janeiro, que teria sido vitima de fraude praticada pelo ex-prefeito, que segundo ele vai ser "condenado pela população ao ostracismo na política".

Ao chamar Paes de"político fracassado", que encobriria a  verdade sobre o que acontece no município que administrou, declarou: "não vamos cair mais nesta treta". Pediu votos e associou seu nome ao do presidenciável Jair Bolsonaro.

Tags:

CBN | debate | pa | witzel