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Deputado enquadra CCR Barcas na Alerj e exige providências

Reprodução/site da CCR Barcas -
Embarcação da CCR Barcas
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O presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado Dionísio Lins (Progressista), recebe nesta quarta (8), às 11h, moradores e comerciantes de Paquetá que irão apresentar e discutir soluções para tentar resolver o problema de atendimento da CCR Barcas. Ele encaminhou também na manhã de ontem (7), requerimento de informações ao secretário estadual de Transportes, Delmo Manoel Pinho, e ao presidente da Agetransp, Murilo Leal, onde solicita que a empresa enumere os motivos que levaram as alterações realizadas sem consulta prévia à agencia reguladora nas linhas Cocotá, Araribóia e Paquetá, o que trará grande transtorno aos moradores dessas localidades.

"Estamos pedindo um parecer da Procuradoria do Governo do Estado sobre essa decisão da CCR Barcas, já que essas mudanças vão atingir diretamente os usuários que já têm seu dia a dia programado dentro dos horários existentes para irem ao trabalho, escola e tratamentos médicos. Queremos saber se foi realizado algum tipo de estudo técnico sobre o impacto que essa decisão causaria aos usuários, e caso afirmativo, que ele seja apresentado. Para se ter uma ideia, a barca de 8h, que faz a linha Cocotá x Praça XV, transporta diariamente cerca de 600 pessoas. Isso, sem falar dos moradores de Paquetá, que têm nas barcas seu único meio de locomoção. Isso é uma verdadeira covardia", revolta-se o deputado.

A comissão também está cobrando da CCR Barcas o cumprimento do artigo do contrato de concessão, ou de seu termo aditivo, que prevê a redução do número de linhas, e quer saber como está a situação atual do edital elaborado pelo governo anterior para a troca de concessionária. Dionísio questiona ainda como pode ser alegada crise financeira pela concessionária, se logo após assumir, em 2012, o governo estadual autorizou um reajuste de tarifa de cerca de 60%.

O deputado lembra ainda que já tem agendada uma audiência pública para a primeira semana de fevereiro, para cobrar um ajuste de conduta da concessionária visando a um melhor aproveitamento dos horários,  bem como implementar melhorias na qualidade dos serviços. Dionisio diz que vai cobrar o uso de embarcações de menor porte nos horários onde o número de usuários é reduzido, evitando assim que a empresa possa alegar alto custo para transporte nesses horários.

"Infelizmente, devido ao recesso parlamentar, não podemos antecipar a audiência pública. Mas sinceramente não entendi essa posição da direção da CCR Barcas. Sabemos que o estado, assim como o país, atravessa um momento delicado em suas finanças, mas chega de querer levar vantagem sobre uma população que normalmente viaja em embarcações sujas e sem segurança, diz.