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Polícia prende 4 pessoas em investigação sobre morte de Marielle

Grupo é acusado de ter ocultado armas usadas pela quadrilha

REUTERS/Ricardo Moraes -
Manifestação marca aniversário da morte de Marielle Franco no Rio de Janeiro
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Ao menos quatro pessoas foram presas nesta quinta-feira em uma operação que é um desdobramento das investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, informou a polícia fluminense.

A polícia e o Ministério Público cumprem cinco mandados de prisão e 20 de busca e apreensão. Entre os alvos estão pessoas ligadas ao PM reformado Ronnie Lessa, que também recebeu um mandado na prisão em penitenciária fora do Rio onde está preso acusado de ser um dos executores do crime. Os crimes citados nesta operação são obstrução de Justiça, porte de arma e associação criminosa.

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Manifestação marca aniversário da morte de Marielle Franco no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

O grupo é acusado de ter ocultado armas usadas pela quadrilha, entre elas possivelmente a submetralhadora que teria sido usada para matar Marielle e Anderson.

"O grupo teria executado o plano de jogar as armas nas águas da Barra da Tijuca", disse a polícia em nota. "O armamento foi lançado ao mar dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-PM Élcio de Queiroz, ocorridas em 12 de março deste ano”, acrescentou a nota. Em depoimento, segundo a polícia, um pescador revelou que foi contratado por 300 reais por um homem para levá-lo ao mar onde “fuzis e pequenas caixas”, que estavam em uma mala e em uma caixa, seriam jogados ao mar.

"Com o auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha, foram realizadas buscas no local, mas nada foi encontrado. A grande profundidade e as águas muito turvas dificultaram o trabalho”, completou a nota da polícia.

O crime da vereadora e do motorista dela ocorreu há mais de um ano e meio e até agora a polícia não revelou a motivação e quem mandou matar a parlamentar.