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Bubka nega acusações de Cabral, e Popov diz que não votou no Rio

Em nota, o COI afirmou que deu seguimento ao caso após o depoimento de Cabral, que está cobrando esclarecimentos de seus membros

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os ex-atletas Alexander Popov, da Rússia, e Sergei Bubka, da Ucrânia, negaram as acusações feitas pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB), de que receberam propina para votar pelo Rio de Janeiro na eleição que escolheu a cidade como sede da Olimpíada de 2016.

Cabral depôs na quinta-feira (4) ao juiz Marcelo Bretas no processo em que é acusado de ter pago US$ 2 milhões ao senegalês Lamine Diack, ex-presidente da federação internacional de atletismo, para influenciar na escolha da cidade como sede dos Jogos. Também são réus no processo o ex-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) Carlos Arthur Nuzman e o ex-diretor da Rio-16 Leonardo Gryner.

"Eu nem votei no Rio de Janeiro", disse Popov à agência russa RIA Novosti.

Bubka se defendeu através de suas redes sociais. "Eu rejeito completamente todas as falsas alegações feitas pelo ex-governador do estado do Rio, que atualmente está cumprindo uma longa pena de prisão por corrupção", escreveu ele.

Em nota, o COI (Comitê Olímpico internacional) afirmou que deu seguimento ao caso após o depoimento de Cabral, que está cobrando esclarecimentos de seus membros e que adotou novas práticas "em relação à boa governança e, em particular, ao procedimento de eleição de cidade-sede."

"O COI está totalmente empenhado em lidar com quaisquer questões, incluindo aquelas que tenham ocorrido antes das profundas reformas da Agenda Olímpica 2020", diz a nota.

Desde o início do ano, o ex-governador vem confessando os crimes que lhe são atribuídos. O objetivo é tentar reduzir suas penas, que já somam 198,5 anos em nove condenações. Ele é réu em outras 20 ações penais na Justiça Federal e três na estadual.