ASSINE
search button

Linha 3 do VLT ainda sem operar

Marcos Tristão -
Os trilhos da Linha 3 do VLT, ligação entre o aeroporto e a Central, ainda deserta, só é usada por pedestres e ciclistas
Compartilhar

Com um saldo de 40 das 170 lojas da Avenida Marechal Floriano fechadas desde o início das obras para a construção da Linha 3 do VLT, em janeiro de 2018, a inauguração do terceiro e último ramal do sistema, previsto para entrar em operação em 15 de dezembro, ainda não tem data para começar a funcionar. Em reunião realizada ontem entre o prefeito Marcelo Crivella e o presidente da Concessionária do VLT Carioca, Márcio Hannas, foi assinada a minuta de um acordo entre as partes na próxima semana para permitir o funcionamento da Linha 3.

Macaque in the trees
Os trilhos da Linha 3 do VLT, ligação entre o aeroporto e a Central, ainda deserta, só é usada por pedestres e ciclistas (Foto: Marcos Tristão)

Durante o encontro ficou decidida ainda a formação de um grupo de trabalho – formado por representantes do VLT, da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), da subsecretaria de Projetos Estratégicos (SubPE), da Secretaria Municipal de Fazenda (SMF) e da prefeitura – para acompanhar o processo.

A Linha 3, do Aeroporto Santos Dumont à Central do Brasil, tem 1,8 km de extensão, 10 paradas e custou cerca de R$ 385,66 milhões (um terço do investimento de R$ 1.157 bilhões nas três linhas). Deste valor, a prefeitura tem um saldo a pagar de aproximadamente R$ 2 bilhões até 2025, quando termina a concessão. Em 2018, Crivella destinou R$ 70,3 milhões às obras na Avenida Marechal Floriano.

O município propõe ampliar o prazo de concessão do serviço e ajustar o número médio de passageiros/dia, “para tornar o projeto mais equilibrado. O contrato atual obriga a prefeitura a cobrir diariamente o valor da passagem, toda vez que o VLT não atingir 260 mil passageiros/dia. Hoje o movimento é de 80 mil passageiros/dia durante a semana e de 60 mil passageiros/dia nos finais de semana”, informa a assessoria de imprensa da prefeitura.

Embora tivesse organizado junto ao Sindicato dos Lojistas uma grande festa para saudar a entrada da Linha 3 em operação, no dia 15 de dezembro, o vice-presidente da entidade, Roberto Curry, proprietário da tradicional Mala Ingleza, teme que outras lojas não consigam resistir até que o VLT comece a funcionar. “Aqui tínhamos carros, ônibus e estacionamentos que traziam muito movimento. Passamos um ano sofrendo com as obras, sem que a prefeitura dessa nada em troca, como poderia ter sido uma redução no IPTU. Nosso prejuízo só faz aumentar”, lamenta.

Como ocopante mais recente, Mervyn Scheepers, gerente geral do Belga Hotel, vê melhorias trazidas pelas obras. “Impactou positivamente. Trouxe mais segurança e visibilidade, ao invés do trânsito caótico e da aparência que não era das mais limpas”.

Tags:

transporte | vlt