ASSINE
search button

Crivella: CPI colhe primeiros depoimentos

Compartilhar

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a denúncia de que o prefeito Marcelo Crivella (PRB) usou a máquina pública na campanha eleitoral começou a colher, ontem, os primeiros depoimentos, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Crivella é acusado de utilizar a máquina pública para realizar uma reunião eleitoral na quadra da escola de samba Estácio de Sá, no dia 13 de setembro de 2018, utilizando veículos da Comlurb para levar funcionários da empresa.

A comissão ouviu a subsecretária de patrimônio imobiliário da Prefeitura, Maria Elisa Werneck, e o coordenador especial da presidência da COMLURB, Renato Ferreira Rodrigues.

Segundo afirmou Maria Elisa Werneck, o local onde se situa a quadra da agremiação foi cedido à escola via contrato de cessão onerosa de uso. Entretanto, a Estácio de Sá está em atraso com suas obrigações, devendo cerca de R$ 1, 2 milhão aos cofres públicos, já tendo sido inscrita na dívida ativa. Renato, por sua vez, alegou que a presença de veículos da empresa nas imediações da quadra durante o evento — como foi apurado por meio de sistema de localização via satélite — é normal, devido à localização de diversas gerên cias da empresa na região, que é uma área importante com grande circulação de viaturas da Comlurb.

Segundo uma denúncia anônima, os servidores da empresa foram coagidos a participar do evento, que pediu votos para correligionários do prefeito. Além de seu filho, Marcelo Hodge Crivella, teriam presenciado o encontro o senador Eduardo Lopes e o candidato a deputado estadual Alessandro Costa, todos do PRB.