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Flávio Bolsonaro indica secretário de Witzel

Titular da pasta de Governo teve cargo comissionado na gestão Cabral

Divulgação -
Witzel e Crivella se cumprimentam no Palácio da Cidade: paz após desavença
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O empresário e ex-árbitro de futebol Gutemberg Fonseca será o secretário de Governo do governador eleito do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). Ele faz parte da “cota” do PSL na futura gestão e foi indicado pela própria família Bolsonaro. Formado em gestão pública com pós-graduação em administração, negócios e marketing — ambos pelo UNINTER - Centro Universitário Internacional —, é sócio da agência Yxe, de marketing digital, com sede na Barra da Tijuca.

Fonseca é ligado ao presidente eleito Jair Bolsonaro e seu filho, o senador eleito Flávio. Atuou na précampanha presidencial e, depois, participou da campanha vitoriosa do PSC ao governo do Rio.

Foi a equipe do então candidato Witzel que buscou o apoio de Fonseca, ainda no primeiro turno, quando o ex-juiz se mostrava com pouca desenvoltura na frente das câmeras, ao participar dos debates de televisão.

O principal feito de Fonseca foi, porém, criar a estratégia de “colar” o nome de Witzel ao da família Bolsonaro, por intermédio de Flávio. O candidato ao governo passou a participar de eventos de campanha do candidato ao senado e acabou por se beneficiar, também, de ações de comunicação utilizadas pelo PSL.

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Witzel e Crivella se cumprimentam no Palácio da Cidade: paz após desavença (Foto: Divulgação)

Fonseca é o CEO da agência Yxe desde 2009. Entre 2013 e 2014, foi diretor de Marketing da secretaria estadual de Turismo do Rio de Janeiro, na gestão do então governador Sérgio Cabral. À época, o secretário era o engenheiro Ronald Ázaro que, em 2014, foi candidato a deputado federal pelo PSC. Ao ter seu nome escolhido para o cargo, Fonseca pegou a cadeira que, menos de 24 horas antes, chegou a ser destinada ao deputado Pedro Fernandes.

Ex-adversário do governador eleito, no primeiro turno, pelo PDT, Fernandes rompeu com o partido ao apoiar o candidato do PSC, no segundo turno. O PDT seguiu ao lado de Eduardo Paes (DEM).

Fernandes foi mantido como integrante da equipe de transição de Witzel. Na prática, o PSL reclamou e reivindicou o cargo ao saber do convite feito por Witzel para Fernandes. O próprio Flávio Bolsonaro se encarregou de pedir o cargo para seu partido.

Ao aceitar a indicação, o PSC dá mais um passo na construção de uma estratégia de governo que passa por garantir o apoio da maior bancada da Assembleia Legislativa ao futuro governo.

O PSL fez 13 deputados (sendo um suplente), inclusive, o mais votado de todo o estado, Ricardo Amorim, cotado para ser o candidato do PSL à Prefeitura do Rio, nas próximas eleições, em 2020.

Visitas protocolares

Ontem, o governador eleito visitou o prefeito do Rio, no Palácio da Cidade. Na semana passada, Marcelo Crivella afirmou que “só um idiota descarta aquilo que não tem”, ao saber que Witzel descartara a participação, no seu governo, de Marcelo Crivella Filho. No encontro, o governador eleito falou sobre os programas que pretende implantar que envolvem a prefeitura: Comunidade e Cidade, para melhorar o acesso às comunidades, e Zona Franca Social.

Witzel também visitou o Consulado Geral dos Países Baixos — onde foi recebido pelo embaixador Kees van Rij e pelo Cônsul Roland — e o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, sendo recebido pelo Desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, presidente do TRE-RJ.